sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi reafirma o machismo da Sociedade.


O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, reafirma o preconceito de gênero da sociedade machista e patriarcal. O parlamentar num ato lamentável de discrimação, chocou as mulheres de todo o mundo e impulsionou a retomada do debate da opressão de gênero na Itália.
Segue abaixo matéria do CUCA - Circuito Universitário de Cultura e Arte da UNE.


Não sou uma mulher à sua disposição.

A pequena Mafalda está indignada com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi. A argentina de seis anos aderiu ao protesto que já tem a adesão de cem mil mulheres contra o machismo do político.

Uma tirinha em quadrinhos enviada pelo autor Quino ao jornal La Repubblica, um dos poucos que escapam ao cerco midiático de Berlusconi, fez crescer os protestos contra a declaração dada no começo de outubro. Em debate com a opositora Rosy Bindi, o empresário afirmou em rede nacional: “Você é mais bela que inteligente. Não me interessa o que diz”.

A declaração fez renascer o movimento feminista italiano, que logo passou a colher assinaturas repudiando a atitude. A infeliz afirmação soma-se aos diversos escândalos de corrupção e de prostituição nos quais está envolvido o primeiro-ministro, que tentou pedir desculpas afirmando tratar-se de uma piada de ampla utilização.

Rosa Bindy afirmou que a tentativa de retratação não é uma desculpa, e faz apenas agravar a situação. “Isso de 'ampla utilização' é como dizer que todos pensam a mesma coisa”, afirmou, e logo depois cravou a frase que se tornaria mote da campanha: “Não sou uma mulher à sua disposição”.

Desde então, camisetas com a frase vêm sendo estampadas e vendidas aos montes no país. Nesta semana, a pequena Mafalda resolveu entrar na campanha, e pronunciou com todo seu atrevimento a resposta a Berlusconi. Para quem não conhece, vale a pena lembrar que a menina é a mesma que desafiou os políticos argentinos, inclusive ditadores, ao longo de todo o século passado, e estampou com ironia a realidade de países subdesenvolvidos.

Por decisão de Quino, seu autor, que não permite reproduções do trabalho, a tira pode ser vista no original de La Repubblica.

Fonte: http://www.cucadaune.blogspot.com/

UNE comemora: Senado aprova o fim da DRU na Educação





A DRU é um mecanismo que autoriza o governo a reter 20% de toda arrecadação. Na prática, com o fim da DRU, o Ministério da Educação terá uma verba extra de R$ 4 bilhões para investimentos ainda este ano. “É uma histórica reivindicação da UNE. Bilhões de reais eram subtraídos da Educação. O desafio agora é debater a aplicação dos recursos”, declara o presidente Augusto Chagas.

Na noite desta quarta-feira (28), a Educação obteve mais uma vitória: foi aprovada por unanimidade pelo plenário do no Senado Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que determina o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) sobre o orçamento da Educação. A DRU é um mecanismo que autoriza o governo a reter 20% de toda arrecadação sem justificar no projeto de orçamento a destinação dos recursos.

Na prática, com o fim da DRU, o Ministério da Educação (MEC) terá uma verba extra de R$ 4 bilhões para investimentos ainda este ano. Em 2010 serão R$ 7 bilhões a mais (as reduções da incidência são gradativas: de 12,5% e 5%, em 2009 e 2010, respectivamente). Em 2011, quando não haverá mais a incidência do mecanismo, especialistas estimam que os recursos disponíveis devem saltar para R$ 10,5 bilhões.

“Agora é pra valer. Está extinta a DRU, que vinha subtraindo bilhões da Educação. A UNE sempre foi contra esse mecanismo, desde sua criação. Os estudantes têm muito o que comemorar com essa aprovação", afirma Augusto Chagas, presidente da entidade. Para Chagas, um bom desafio que temos adiante é o debate sobre como aplicaremos esses mais de 10 bilhões de reais que, em alguns anos, serão somados à educação brasileira. "Mesmo com os avanços do último período, nossa educação passa por muitas dificuldades: há cerca de 14 milhões de analfabetos no Brasil, a média de escolarização ainda é bastante baixa - 7 anos -, nossas escolas estão precárias e a remuneração dos professores deixa a desejar", enumera. O presidente da UNE alerta que muitos jovens estão excluídos atualmente, o que se deve à falta de recursos. "O fim da DRU vai contribuir para que possamos superar essas debilidades", concluiu.

Histórico da PEC

A PEC 96/2003, de autoria da senadora Idelli Salvatti (PT-SC) já havia sido aprovada em dois turnos pelo Senado, mas voltou à Casa porque a Câmara dos Deputados, em setembro deste ano, incluiu a obrigatoriedade da educação básica e gratuita para crianças e jovens de 4 a 17 anos. De acordo com o projeto, esta medida será colocada em prática gradativamente até 2016. Hoje, a lei exige a oferta de educação básica para crianças de 6 a 14 anos.


O que é a DRU?

A DRU ou Fundo Social de Emergência, como foi denominada na época de sua criação (em 1994, pelo governo Fernando Henrique Cardoso), destinava-se à desvincular 20% do produto da arrecadação de todos os impostos e contribuições da União, incluindo as receitas vinculadas ao ensino. Apesar de ter sido aprovada como algo transitório, ela vinha sendo prorrogada desde então a partir de Emendas Constitucionais (EC).



Da Redação, com informações da Agência Senado


Fonte: http://www.une.org.br

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aprovado na Câmara dos Vereadores o projeto de indicação do nome de 16 maio para o viaduto do bairro do Canela.


Na tarde de ontem, 27/10, foi aprovada pela câmara dos vereadores de Salvador, o projeto de indicação do nome de 16 de Maio para o viaduto do Canela, requerido pela Vereadora Marta Rodrigues (PT).

O 16 de Maio de 2001 é uma data histórica para o Movimento estudantil baiano que teve este dia marcado pela intolerância policial que reprimiu violentamente uma manifestação pacífica de estudantes no entorno do campi da UFBA, no Canela. Os estudantes aquela época pediam punição aos responsáveis pela quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado Federal, que tinha como figura central, o então senador Antonio Carlos Magalhães. Após passeata pela vale, na subida do viaduto, estudantes, deputadas/os, vereadoras/ os, imprensa e manifestantes em geral, foram fortemente agredidos, evidenciando o cerceamento do direito constitucional de livre manifestação, preceituado no art. 5º, da nossa Carta Magna.



Este requerimento já havia sido aprovado pelo Conselho Universitário da UFBA, no ano de 2001, porém nunca acatado pela administração pública deste município.

Datas como estas ficam marcadas na memória estudantil da nossa universidade, fazendo com quem agora, mais do que nunca, se faça necessário a organização estudantil no intuito de pressionar a prefeitura para que efetive de fato esta nomeação, que representa nossa história.

Hoje o ME Baiano acorda com mais uma motivação, expressa na luta das/ dos companheiras/ os que fizeram e fazem frente a este e outros ataque aos movimentos sociais. A luta organizada não acabou e o 16 de Maio foi um exemplo disso.


A UFBA NÃO ESQUEÇE, O VIADUTO É 16 DE MAIO!

Fonte: Ousar Ser Diferente.

Diretoria de Gênero do DCE da UFBA comparece ao I Seminário de Mulheres Estudantes da UESB/ Jequié.





Realizado entre os dias 22 e 23 de Outubro, o I SEME – Seminário de Mulheres Estudantes da UESB/ Jequié, contou com a participação da Diretora de Gênero do DCE/ UFBA, Tâmara Terso.
Esta atividade, promovida pelo DCE da UESB/ Jequié em parceria com o Coletivo feminista Maria Quitéria teve como intuito debater a organização das mulheres na Universidade.
Com o tema: A Construção do Olhar Feminista para a Universidade, esses dois dias fomentaram o debate a cerca da participação das mulheres nos movimentos sociais, a organização das mulheres nos espaços de poder, aborto e auto-organização feminina.
Num espaço misto (mulheres e homens), o Auditório Waly Salomão recebeu nestes dois dias em média 80 participantes, que acompanharam uma programação diversa de debates, mesas redondas e mostra de áudio-visual.
Sem perder a bandeira de construção de uma Universidade Democrática e Popular, o DCE da UESB incluiu em sua programação a Integração da Universidade com as Comunidades e Movimentos Sociais. Exemplo disso foi à participação não só da academia, mas da Associação de Donas de Casa da Bahia, Católicas pelo Direito de Decidir, Marcha Mundial de Mulheres, Integrantes do Movimento Negro, entre outros, que ajudaram a construir novas perspectivas para a luta das mais diversas mulheres, negras, indígenas, lésbicas e estudantes.
Nas palavras de uma das integrantes do Coletivo MQ, Thaís Barreto, ex-diretora do DCE/ UESB, “... a organização das mulheres é fundamental para a superação das opressões de gênero. A educação sexista deve ser combatida, assim como o racismo e a homofobia dentro e fora da universidade. Só assim construiremos uma universidade fraterna e com equidade e o I SEME é o nosso primeiro passo.”.


Fonte: Ousar Ser Diferente.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ATO NA LAPA


Estudantes se mobilizam pela Facultatividade do pagamento antecipado do Salvador Card





Segunda-feira, dia 05/10, estudantes do Grêmio do Colégio Central fizeram uma manifestação em frente ao posto de recarga do Salvador Card da Estação da Lapa pedindo a Facultatividade do pagamento antecipado de créditos do cartão de meia-passagem.

A manifestação teve a adesão de vários estudantes de outros colégios do centro da cidade, que vem sofrendo com a evasão ocasionada pelo alto preço da passagem. A fila estava lotada estudantes que são obrigados a enfrentá-la freqüentemente, afinal só existem três postos em toda cidade.

Os estudantes pediam a aprovação do PL 28/09, para isso utilizaram um megafone para chamar a atenção da população, distribuíram panfletos e passaram o abaixo-assinado, que teve o apoio de dezenas de usuários do sistema de transporte público de Salvador.

As mobilizações continuarão pela cidade, a fim de pressionar os vereadores a aprovarem o PL. Entre nesta luta, forme um Comitê da Facultatividade Já em sua escola e ajude a democratizar o transporte público em Salvador!

Fonte: Ousar Ser Diferente.

Ciclo de Debates Itinerantes: Mulheres em Movimento Mudam a Universidade!




Fonte: DCE/UFBA.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Diretoria de Gênero do DCE da UFBA comparece no Lançamento da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto - Bahia.


Nesta ultima Segunda-feira, dia 28/08, a Diretoria de Gênero do DCE da UFBA participou do lançamento da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto – Bahia, que contou com a presença de diversos seguimentos dos movimentos sociais e parlamentares do âmbito Municipal e Estadual. O lançamento aconteceu no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador e culminou também com a data do Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe, referenciando assim a luta das mulheres de variadas etnias, sobretudo a mulher negra, parcela mais atingida pelo aborto inseguro em nosso estado.

A diretoria de Gênero da UFBA participou tanto da adesão à frente, quanto na organização e no lançamento, protagonizando assim uma luta histórica do movimento de mulheres da Bahia. A diretora, Tâmara Terso, que estava na mesa de abertura representando o movimento estudantil enfatizou “... também é a partir da educação que formamos novos meios de enfrentar as discriminações e construir uma sociedade mais justa e igualitária. O movimento estudantil tem o papel estratégico de levantar esses debates nas escolas e universidades a fim de construir novas alternativas no enfretamento e na superação do machismo, do racismo e da homofobia...” .

Dados denuciam “... só em 2007, forma realizados em Salvador 8.387 curetagens, isso significa quase 699 por mês, 23 por dia e 1 à cada hora...”. Esses dados, recolhidos por estudos do IMAS - Instituto Mulher pela atenção integral à Saúde, Direitos Reprodutivos e Direitos Sexuais - evidenciando que o aborto inseguro no estado da Bahia faz mais vítimas do que o maioria dos estados brasileiros, contudo ainda temos uma lei datada a década passada, 1940, que criminalizam as mulheres que fazem o aborto e que não caracteriza este procedimento como de saúde pública, logo de responsabilidade do estado.

À frente após seu lançamento agora tem o papel de ajudar a nortear o debate, tanto na sociedade, quanto no parlamento, a fim de criar mecanismos de mudança da lei, para que o aborto seja descriminalizado e passe a ser garantido às mulheres na rede pública de saúde. A desigualdade de gênero é um dos pilares estruturante da sociedade e atacar essa estrutura é visionar uma nova forma de ordem social que respeite as diferenças.


Fonte: Ousar ser Diferente.