terça-feira, 16 de março de 2010

LISTA DE SELECIONADOS/AS PARA O CURSO DE LINGUAS DA ASSUFBA - FACOM.













Adriana Alves Santana
Adrielle Magly Santos Freire
Alexandre Alves dos Santos
Alexandre Oliveira Santos
Aline Bispo da Silva
Ana Paula de Sousa Pereira
Ana Paula Lima Santos
Caroline dos Santos Oliveira
Catriel Latino Chamusca Garcia
Cinthia Dias dos Santos
Cristiani Cardozo dos Santos
Daniele Cristina da Silva Conceição
Elton Andrade de Jesus
Geise Mari Santos Oliveira
Genilson Farias Silva Alves
Gildásio da Silva Correia Júnior
Gustavo Domingues de Oliveira
Heide Pandini de Souza
Henrique Ribeiro Mendes
Igor do Nascimento Mesquita
Jordana Feitosa de Oliveira
Josciene Santos de Jesus
Joseane Figuerêdo Rosa
Juscimar Coutinho da Silva
Lana Cris Mendes
Larissa Costa D’Eça
Leandro Souza dos Santos
Luis Fernado Alves
Mab Caroline Silva Santos
Marcela Santos Cardoso
Mariana Pimentel de Paula
Mariana Rodrigues Sebastião.
Marília Ferreira Marinho Mangueira
Matheus de Mendonça Sampaio
Pricila de Jesus Machado
Priscila Sodré da Rosa
Rafaela Teixeira Sousa
Raquel da Silva Santana
Rita de Cássia Barbosa dos Santos
Rodrigo Lucas Silva Chamusca
Simone Braz Batista
Stefane Silva de Souza Souto
Susana Coelho Silva Santos
Tainana Andrade Marques





Documentos necessários:


Cópia do RG;
Cópia do CPF;
Comprovante de Matrícula;
2 Fotos 3X4.





OBS: Comparecer a Sala do C.A. da FACOM, na Sexta-feira, às 11hs para entrega da documentação e efetivação da matrícula.


Maiores informações: (71) 9633-1303 ou (71) 7811-5720.

Fonte: CAFACOM

segunda-feira, 15 de março de 2010

OS DESAFIOS DA JUVENTUDE BAIANA

Por Felipe da Silva Freitas

Presidente do Conselho de Juventude do estado da Bahia - fsfreitas_13@ yahoo.com. br

Motivada pelas insistentes movimentações internacionais promovidas por setores dos governos e pelos movimentos sociais organizados, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou resolução que proclama o ano de 2010 como ano internacional da juventude programando para este ano uma série de ações com o tema “Diálogo e entendimento mútuo” a serem realizadas a partir de agosto em várias partes do mundo. Um importante caminho para relacionar juventude com os temas do desenvolvimento econômico e social.

Na Bahia, estado com cerca de 30% de sua população com idade entre 15 e 29 anos, este debate se estabelecerá (em ano eleitoral) com foco no eixo do desenvolvimento, num contexto em que o estado vive o dilema de incorporar no seu horizonte de metas e planejamentos o debate sobre o que fazer com os seus 424 mil jovens desempregados, com os 83% de jovens que estão fora da universidade, ou, de modo ainda mais especial, com as dezenas de jovens que, todos os dias, são encontrados mortos nas médias e grandes cidades vítimas do extermínio da juventude negra seja pelo tráfico de drogas, ou, pela violência policial.

Tanto nas periferias da capital, como o recente massacre do Cabula, ou nas mais distantes cidades do interior, como o famigerado massacre de Vitória da Conquista, ou na chacina do conjunto Feira X, em Feira de Santana, a realidade no campo da segurança pública é de um verdadeiro “rio de sangue juvenil” que jorra pelo chão do estado da Bahia.

Certamente, fala-se aqui de uma realidade alarmante que desafia não só aos governos e às instituições organizadas, mas, a toda a sociedade baiana, apontando para a urgência de avançarmos na integração e articulação das políticas públicas direcionadas a este segmento etário e no estabelecimento de marcos legais para o reconhecimento dos direitos da juventude.

A questão é atuar, do ponto de vista da ação integrada do estado, na perspectiva de superar a perpetuação intergeracional da pobreza, que marca a nossa sociedade, transmitindo, de geração em geração, as condições de vulnerabilidade e imobilidade social dentro do mesmo espectro familiar, impedindo os processos de ascensão social e política da juventude pobre desse estado, negra e feminina em sua maioria.

No campo da política pública, é preciso avançar no reconhecimento da combinação entre os princípios da igualdade e da diversidade como marca decisiva da identificação do sujeito juvenil do século XXI. É necessário perceber que não bastam nem as velhas políticas universais ou de redução do impactos das altas taxas de desigualdade social e nem, por outro lado, as políticas descontínuas e setorizadas típicas de modelos assistencialistas, portanto, incompletos e, muitas das vezes,ineficazes.

Cada vez mais, é preciso apostar na escuta generosa e atenta dos múltiplos “gritos” juvenis que emergem da realidade e apontam para a diversidade como eixo interpretativo do atual estágio do campo da juventude no Brasil contemporâneo. Está posto o desafio de fazer que os mandatários e técnicos compartilhem concepções semelhantes sobre a atual condição juvenil e se orientem por um mesmo objetivo para formular e implantar políticas voltadas para este segmento etário. (NOVAES, 2010)

Em outras palavras, é desenvolver um “tipo” de política pública que articule o combate à desigualdade como um todo, no conjunto da sociedade, com as políticas de reconhecimento da diversidade e na valorização dos processos de identificação e socialização típicos da juventude, tentando compreender os desafios da multiplicidade e a riqueza da pluralidade a partir da conformação social, racial e sexual da juventude do estado.

No que se refere a construção do marco legal, é preciso reconhecer o jovem como sujeito de direitos e operar a difícil transição entre as antigas políticas de tutela e proteção para as políticas que promovam emancipação, inserção e participação juvenil reconhecendo “novos direitos” como direito ao lazer, ao tempo livre e a liberdade sexual, questões então inimagináveis na velha e antiquada gramática que antes imperada quando se falava em direitos sociais.

Na Bahia, o Projeto de Lei de iniciativa do executivo que institui o Plano Estadual de Juventude, que na Assembléia Legislativa é relatado pelo Dep. Yulo Oiticica (PT/BA), tem a missão de ser enunciador dessa nova realidade e evidenciar metas e diretrizes que estejam além desse ou daquele Governo, mas, que interfira em toda a estrutura do Estado, consolidando um primeiro marco na constituição do arcabouço legal para a defesa e a garantia dos direitos da juventude.

Por fim, é preciso inserir o papel da juventude no campo da discussão sobre o desenvolvimento estadual e encontrar as formas de inserção social e política desses(as) jovens com o objetivo de compatibilizar o respeito a diversidade e as falas juvenis com os seus lugares no caminho do desenvolvimento com inclusão e justiça social.

O desafio é inconformar- se com o extermínio da juventude negra, com altos índices de analfabetismo juvenil, com as dificuldades de ingresso do jovem no mercado de trabalho, enfim, é promover na Bahia um verdadeiro mutirão de toda sociedade civil e poder público para arrancar essas situações da invisibilidade social e promover, em todos os cantos, o debate público em defesa da vida da juventude.

A Bahia que desejo é a Bahia do desenvolvimento sustentável e solidário e da participação política dos jovens nos espaços de poder. Já nos ensina a boa tradição de que poder se conquista é na luta! Vamos a ela tecer com nossas mãos a nossa própria liberdade.