domingo, 28 de agosto de 2011

Vitória da Chapa "Levante e Lute" nas eleições do DCE da UESB Jequié!

Verônica Santos*

Ontem mais uma página do Movimento Estudantil da UESB-Jequié foi escrita, após dois dias de votação uma nova Coordenaçao para o Diretório Central dos Estudantes foi eleita. Compareceram às urnas 930 estudantes dos quais 908 disseram sim a CHAPA LEVANTE E LUTE, disseram sim à esses/as onze estudantes corajosos/as que não se negaram a luta por um universidade pública, democrática e popular.

Hoje é um novo dia em nossa história: fomos, somos guerreiros/as em abdicar as nossas horas de lazer, estudos, prazer... Para estarmos sendo forjados na luta por um outro mundo que acreditamos possível.

Para isso, sabemos que precisamos ser persistentes, pois esses novos passos não serão fáceis, mas, não desistiremos enquanto corre em nossas veias a vontade de fazer acontecer, vamos ousar, ousar ser diferente.

Saudações aos/as nosso/as companheiros/as:

Bia com seu jeito espalhafatoso e guerreira;

Dani, com seu jeito meigo e firme;

Gal com seu jeito tímido e sede de lutar;

Herique com sua vontade de fazer acontecer;

Marviel e Dalyla: êita calourada retada;

Naiane com seu jeito apreensivo e ansioso;

Renato com sua vontade de fazer a coisa do jeito mais certo.

Parabéns a todas e todos que estiveram nesses dias exaustivos construindo esse momento.Vocês estão fazendo a diferença e para isso vamos continuar trilhando as lutas acreditando que não as escolhemos, mas que fomos escolhidos por elas.

Verônica Santos é Discente do Curso de Pedagogia- UESB/ Jequié e membro do Coletivo Ousar ser Diferente/ Jequié.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Passos firmes, olhar no horizonte.

Tâmara Terso e Diego Marinho*


A União Nacional dos Estudantes (UNE), assim como a União dos Estudantes da Bahia (UEB), no último mês de julho renovou sua direção além de suas bandeiras de luta. Nós de coletivo Ousar ser Diferente estávamos presentes nesse processo e entendemos que a Educação brasileira passa por grandes desafios rumo a contribuir com o modelo econômico-social de desenvolvimento com inclusão e democracia. Cabe hoje aos movimentos sociais conduzirem esta transição e tanto a UNE quanto a UEB tem papel fundamental na organização do Movimento Estudantil.

Ações como REUNI, PROUNI, ENEM, PRONATEC, cotas sócio-raciais e a construção do PNE, sinalizam uma priorização da educação no cenário brasileiro. A atual conjuntura política mostra que a pauta educacional deve estar ligada ao projeto de crescimento do Brasil, tanto que na última semana a Presidenta Dilma Rousseff apresentou a necessidade de expandirmos ainda mais o Ensino Técnico e Superior, com um investimento de 2,4 Bilhões. O Estado da Bahia foi um dos contemplados com duas novas universidades federais e nove unidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET), além do fortalecimento na interiorização da UFBA e da UFRB. Ficamos muito satisfeitos em participar desta trajetória, relatando no Conselho Universitário o processo de desmembramento da Ufba Barreiras e co-organizando uma audiência pública para debater a Ufba Camaçari em 2008. Entendemos o processo de interiorização como uma estratégia fundamental para o desenvolvimento dos territórios de identidade.

Reconhecer estes avanços é, por exemplo, citar as 11 novas universidades federais construídas nos últimos anos, assim como os 214 Institutos Federais de Ensino Técnico abertos em todo o país. Porém não podemos deixar de lado os retrocessos expressos na falta de regulamentação do ensino privado, no ataque de setores da direita conservadora às políticas de cotas e na consolidação da falta de democracia nas IES. As contradições deste momento histórico são representadas pelo corte, no início do ano, de 50 bilhões do governo federal que atingiu diretamente a educação com R$3,5 BI, portanto não será uma tarefa fácil revolucionar este setor.

Nesse cenário as IES brasileiras vivem mudanças quanto ao perfil do corpo estudantil no que se refere à classe, etnia e gênero, mas apesar das mudanças a Universidade ainda não consegue – ou não quer- compreender sua função social, reforçando pensamentos conservadores, perpetuando velhas diretrizes educacionais e dificultando a permanência desse novo perfil universitário.

No debate sobre acesso os avanços são visíveis justamente por causa do aumento de vagas em Universidades publicas, reservas de vagas para classes historicamente excluídas do ensino superior e criação de bolsas no ensino privado, no entanto ainda temos muito que construir. Apenas 13% da população de 18 a 24 anos estão cursando o ensino superior, e destes estudantes 75% estão em universidades privadas.

Hoje um dos principais instrumentos de transformação da educação passa pela aprovação do Plano Nacional de Educação, instrumento que norteará as ações do Estado para este setor entre 2011-2020. Sua construção começou a ganhar corpo na Conferência Nacional de Educação em 2010, onde amplos setores da sociedade e dos movimentos sociais organizados participaram de sua construção, porém ao ser levado ao Congresso Nacional o PNE teve suas metas e objetivos rebaixados. O plano apresentado pelo MEC é mais tímido e não representou os avanços acumulados no CONAE.
Entendemos que uma das primeiras ações que devem ser tomadas pelo Estado é a ampliação do orçamento para a educação, não dá para ampliar o acesso, resolver o problema latente da permanência e fortalecer uma educação emancipadora, ampliando apenas 0,2% ao ano no orçamento. É por isso que a pauta de 10% do PIB para educação até 2014 é fundamental e está entre as 59 emendas feitas pela UNE ao PNE.

Outras metas importantes são a ampliação de 60% das vagas no ensino superior (contrapondo os 33%
apresentados pelo MEC), a reserva de 50% das vagas dos Institutos de Ensino Superior para estudantes de escola pública com recorte étnico-racial, a democratização das IES na escolha de suas direções de forma paritária, a regulação do ensino privado, a reestruturação das universidades estaduais e a destinação de 2% do orçamento do MEC para assistência estudantil.

Há também um importante debate que deve ser incorporado à pauta da educação e tem haver com o conteúdo ensinado em sala de aula, referendado em pesquisas e pouco debatido nas extensões. Historicamente a universidade foi vista como um espaço de excelência, excludente e opressor. Fazer com que este espaço físico e político se transformem numa via de dialogo com a sociedade, construindo conhecimento a partir de uma troca é um meio de reafirmar seu papel social. A universidade deve servir para a construção de uma nova sociedade justa, democrática e popular, e isso só acontecerá se as IES se integrarem as comunidades populares e aos movimentos sociais.

Os desafios estão postos a mesa, nesse sentido cabe ao movimento estudantil organizado lutar com as armas que tem. A jornada de lutas da União Nacional dos Estudantes neste mês de Agosto é o momento de colocarmos os/as estudantes nas ruas de todo o país para fortalecer e reivindicar novas conquistas para a Educação.


Vamos levar a UNE para as ruas e para o Estudante brasileiro!



* Tâmara Terso é atual Diretora de Extensão da União Nacional dos Estudantes e Diego Marinho é Diretor da Executiva da União dos Estudantes da Bahia, ambos integrantes do Coletivo Ousar Ser Diferente, que constroem nacionalmente o Campo Kizomba.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ousar Ser Diferente na UESB de Jequié!










Na última quinta-feira, 04/08, o coletivo do Ousar de Jequié se reuniu a fim de traçar metas para o próximo semestre da UESB. Tendo historicamente contribuído para o M.E. desta Universidade, o Ousar protagonizará mais uma vez as eleições do DCE, que nos últimos tempos passou por um período de reorganização, com renovação da militância e um novo sentimento de luta.

As Universidades Estaduais na Bahia passam por um processo de pós-greve, onde a maioria das reivindicações dos/as estudantes foi deixada de lado nas negociações. A greve acabou, mas ainda há muito que avançar na busca pelo plano de reestruturação das universidades estaduais, na construção do plano de assistência estudantil e no fortalecimento da pesquisa e extensão como instrumento de reafirmação do papel social da universidade.

Nesse sentido, tanto a UNE quanto a UEB nos seus últimos congressos em julho deste ano, elencou como prioridade a luta por uma educação de qualidade nas universidades estaduais, prometendo levar estas entidades para a base dos/as estudantes e construindo em conjunto com o M.E reivindicações diárias.
O Ousar ser Diferente que hoje ocupa a diretoria de Extensão da UNE, com Tâmara Terso e uma Diretoria Executiva da UEB com Diego Marinho, não perdeu tempo e já começou o semestre fazendo uma série de viagens ao interior da Bahia, a fim de colocar em prática as deliberações das respectivas entidades.


Vida longa ao Ousar ser Diferente/ Jequié!