segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Em entrevista para o site da UNE, coordenador-geral do Rondon fala sobre novas ideias para a evolução do projeto


Para o início de 2012, o Projeto Rondon preparou duas novas operações para os rondonistas universitários e professores desbravarem o país. Dessa vez, o estado escolhido é o Maranhão e as expedições são intituladas Babaçu e Pai Francisco, marcadas para o fim de janeiro.
O objetivo principal das operações é atender e atingir o maior número de moradores das regiões escolhidas, auxiliando na capacitação e acesso à cultura, aos direitos humanos, à educação, saúde, comunicação, meio- ambiente, trabalho, tecnologia e produção.
O coordenador-geral do projeto, Brigadeiro Rogério Luiz Veríssimo Cruz, afirma que esta é uma fase de visibilidade e abrangência muito positiva e apresenta boas expectativas para o próximo ano. “Nós vamos concentrar esforços em dois centros regionais em um mesmo estado pela primeira vez na história do projeto. Um dos centros será em São Luis, com 11 municípios e o outro em Imperatriz, com 12 municípios. O diferencial que queremos adotar nessas novas operações, Babaçu e Pai Francisco, é viabilizar o retorno das universidades um ano após a atividade, para que seja realizado um acompanhamento do que foi proposto e feito para a população”, comenta.
Em 2012, o Rondon aparece com novas ideias estratégicas para a sua realização. Além do acompanhamento anual que o Brigadeiro Veríssimo citou, existem também propostas para aproximar as expedições das forças armadas que ocorrem nas mesmas localidades, como exemplo da Operação Rio Paraguai, em janeiro passado, em que uma expedição do exército brasileiro chegou à região na mesma época que os rondonistas.
“Isso faz com que a população venha até nós e facilita muito nosso acesso, afinal são moradores que vivem espalhados na região. Com a chegada das tropas, naturalmente eles se aproximam para atendimentos voltados para a saúde, e, com isso, aproveitamos para por em prática nossos objetivos”, explica o coordenador-geral.

Desde sua retomada, em 2005, até os dias de hoje, o Projeto Rondon vem mobilizando e atingindo cada vez mais universitários interessados em participar das caravanas e, principalmente, prefeituras interessadas em receber a presença dessas expedições.
“Esse interesse é visível, porque o projeto já se consolidou como uma medida positiva e enriquecedora, tanto para quem o aplica, quanto para quem o recebe. Os estudantes de universidades públicas e privadas enxergam como uma extensão extremamente enriquecedora, o MEC reconhece a atividade e os dirigentes de diversos municípios são receptivos às nossas visitas”, comenta o Brigadeiro Veríssimo. Ele ainda diz. “Sou suspeito para falar do projeto que coordeno! Mas os brasileiros que conhecem nosso trabalho mandam energias positivas e boas mensagens de agradecimento pela qualidade que atingimos”.
Até hoje foram 12.652 rondonistas divididos em operações que passaram por quase 800 Municípios dos estados do Pará, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. E a história não para; somente para as próximas expedições 460 rondonistas já se voluntariaram.
O ano de 2011 foi o mais significativo para o projeto até o momento, reunindo o maior número de voluntários e municípios desde o retorno do Rondon. Foram quase 1800 jovens espalhados por oito estados, visitando ao todo 141 municípios e cidades.

O Rondon foi criado em 1967e mantido em atividade plena entre as décadas de 1970 e 1980, tornando-se conhecido em todo o país, entretanto no ano de 1989 o projeto deixou de ser prioridade do Governo Federal e foi extinto.
 No ano de 2003, a União Nacional dos Estudantes, na época presidida por Gustavo Petta, iniciou uma campanha para que o programa fosse retomado. No mês de setembro do mesmo ano, a diretoria da UNE se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir, entre outros assuntos da pauta estudantil, a reintegração do Rondon aos projetos do governo.
 Em resposta aos estudantes, Lula prometeu que o extinto projeto seria retomado e discutido para que os estudantes pudessem realizar caravanas aos municípios mais carentes do país, levando um pouco de seu conhecimento e entusiasmo à população que necessitava de atenção.

Os nomes escolhidos para as duas próximas operações saíram da cultura e tradição regionais do semi-árido brasileiro, relacionados a uma lenda e um fruto da região.
Pai Francisco é um dos personagens do Bumba Meu Boi, basicamente a história se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que tem um boi muito bonito e esse boi, que inclusive sabe dançar, é roubado por Pai Francisco, trabalhador da fazenda, para satisfazer a sua mulher Catirina, que está grávida e sente desejo de comer a língua do boi.
O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. Quando o encontram ele está doente e os pajés são chamados para curá-lo. Depois de muitas tentativas o boi finalmente é curado e o fazendeiro, ao saber do motivo do roubo, perdoa Pai Francisco e Catirina, encerrando a representação com uma grande festa. Uma das expedições do Rondon em 2010 foi nomeada como Catirina.
O babaçu é uma palmeira nativa da região entre o cerrado e a floresta amazônica, que chega a atingir entre 10 a 20 metros de altura e se destaca entre as palmeiras brasileiras pela beleza, peculiaridade e principalmente, utilidade.
Dessa palmeira é possível aproveitar tudo, desde os frutos até as raízes. Derivados de babaçu são comuns na gastronomia regional, em cosméticos, remédios, na construção de casas, na produção de carvão, em artesanatos, sabonetes e são realizados estudos para o uso do fruto na produção de biocombustíveis.

fonte: Site da UNE.

domingo, 20 de novembro de 2011

Bahia é quarto estado com maior número de faculdades "reprovadas" pelo MEC Ministro anunciou corte de vagas em universidades com notas insatisfatórias

A Bahia é o quarto estado com maior número de faculdades "reprovadas" pelo Ministério da Educação, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) no "Diário Oficial da União". O estado de São Paulo, com 104 instituições de ensino com notas insatisfatórias, aparece no topo do ranking, seguido por Minas Gerais e Paraná. Com 47 faculdades com índice 1 ou 2, a Bahia aparece em quarto - o estado teve 93 instituições avaliadas.

O Índice Geral de Cursos do Ministério da Educação (MEC), que funciona como um indicador de qualidade, leva em consideração principalmente as notas dos cursos de graduação e de pós-graduação de cada instituição no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Em todo o Brasil, o número de instituições que não tiveram bom índice é de 683.

Nenhuma das instituições de ensinos baianas se manifestou oficialmente pelas baixas notas no índice do MEC. Todas as faculdades reprovadas no estado são privadas. As universidades federais aparecem com melhores resultados - a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) aparecem à frente, com nota 4.

As estaduais aparecem logo em seguida Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) tiveram nota 3 - que é a média do índice.

Segundo o ministro da Educação Fernando Haddad, 50 mil vagas no ensino superior serão cortadas entre os cursos que tiveram resultados insatisfatórios no sistema. O corte será nas áreas da saúde, administração e cicências contábeis. Segundo o ministro, o curso mais atingido será enfermagem. 

Até a próxima semana deve ser divulgado em detalhes que instituições terão vagas fechadas.

Cinco estados com maior número de faculdades "reprovadas"

Fonte: Jornal Correio

sábado, 19 de novembro de 2011

Estudantes do Campi de Vitória da Conquista da UFBA declaram Apoio a Chapa 01 - Ciranda de Lutas - nas Eleições do DCE!




Localizado em Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado da Bahia possuindo destaque em desenvolvimento econômico e na saúde, o Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS) iniciou suas atividades no ano de 2006 com o objetivo de consolidar o ensino superior na região do sudoeste da Bahia, sendo uma estratégia de interiorização das Universidades Federais. O IMS contou, inicialmente, com três cursos, sendo eles farmácia, enfermagem e nutrição. Em 2009 são incluídos os cursos de biotecnologia e ciências biológicas no instituto, aumentando, assim, o corpo discente. Já em 2010, com o programa REUNI, é incorporado a esta lista o curso de psicologia.
Os primeiros cursos a serem implantados já iniciaram suas atividades acadêmicas enfrentando graves problemas como a falta de estrutura física para o acontecimento das aulas. No primeiro dia letivo as turmas se depararam com o espaço onde ocorreriam as aulas, ainda em obra, e assim iniciaram-se os primeiros desafios para a construção de um espaço para a formação em saúde. Com este primeiro empecilho, surge também a insatisfação dos egressos, pois a tão sonhada Universidade Federal ainda não existia.
Mesmo que tímido, o movimento estudantil do IMS começa a tomar corpo. Meses depois da data marcada para o início das aulas os estudantes iam às ruas da cidade manifestar seu descontentamento e pedir soluções. Embora, a organização estudantil tenha se iniciado cedo, esta se manteve fria por muito tempo, reacendendo-se há pouco mais de um ano com o estopim e auge das insatisfações por parte dos diversos problemas que ocorriam com todos os cursos como a deficiência de livros, falta de campo de estágios bem como professores, insegurança no Campus, falta restaurante universitário que proporcionasse uma alimentação adequada para suprir as necessidades dos discentes que permanecem por todo o dia na universidade, entre outros.
Hoje, temos cerca de 950 estudantes matriculados e efetivos, e por sermos um campus de cinco anos, ainda temos muitas demandas a serem realizadas no que diz respeito à assistência estudantil. Com a chegada de novos cursos e aumento no número de estudantes, as políticas que garantam a nossa permanência na universidade, ainda são muito escassas.
Temos auxílios moradia, alimentação e transporte, porém não supri nossas reais necessidades, acarretando em dificuldades no processo de formação principalmente para os estudantes com vulnerabilidade social e oriundos de outras cidades. Sabemos dos esforços feitos por parte da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, mas, reforçamos que estes não têm sido suficientes.
Em nosso instituto, temos uma praça de alimentação situada em área reservada aos laboratórios, e nesta encontra-se apenas uma cantina voltada para o fornecimento de lanches e com preços elevados, o que onera o nosso orçamento sem ao menos cumprir a demanda dos estudantes.
Em diversos momentos foi demonstrada a necessidade da implantação do RU no campus de Vitória da Conquista e estamos cientes que já foram iniciados os estudos técnicos para adequação do espaço físico, porém precisamos de soluções emergenciais para implantação do nosso restaurante universitário.
Considerando que boa parte dos estudantes pertence a outras localidades, é também fundamental a residência universitária facilitando, assim, a vida acadêmica em relação a gastos e deslocamentos dos estudantes.
Com a necessidade de lutar pela melhoria da educação superior, principalmente dentro do IMS, e levantar debates importantes dentro da conjuntura social, estudantes das representações dos vários cursos se juntaram com um desejo comum de formar-se politicamente dentro de um panorama da sua própria realidade, e assim, construir e dividir conhecimentos e experiências configurando-se armas importantes para os desafios que serão enfrentados. Dessa forma, surge o primeiro coletivo do instituto denominado “Batucada”, com o intuito de fortalecer o movimento estudantil, tornando-se um espaço para interação, debate e desenvolvimento de estratégias entre cada representação.
Cientes de nosso papel para a construção de uma universidade democrática e popular, que ofereça condições adequadas para o desenvolvimento do indivíduo como profissional e, principalmente, como protagonista para as mudanças sociais inserimo-nos nessa Ciranda de Lutas a fim de tornarmos real este desejo.

Fonte: Coletivo Batucada.