quarta-feira, 27 de abril de 2011

I Seminário de Integração com a Comunidade e os Movimentos Sociais. DCE UFBA






O Debate sobre Educação Democrática e Popular vem permeando as formulações dos Movimentos Sociais desde que a disputa da educação superior ganhou novos atores e atrizes, a partir da expansão do ensino superior brasileiro e das políticas públicas voltadas para a inclusão das classes populares nas universidades.

Hoje mais negras e negros, mulheres, indígenas e diversas camadas das classes populares engrossam as estatísticas de novos/novas universitários/ as, porém a universidade ainda não representa essas novas caras.

As comunidades das cidades onde as universidades estão inseridas, em sua maioria não participam das decisões tomadas neste ambiente nem ao menos fazem parte das construções que ali se fomenta. O ensino superior que deveria prezar pelo tripé ensino, pesquisa e extensão em muitos casos pára no seu primeiro pilar, deixando os outros dois ou a mercê dos interesses privados, ou das ações pontuais e assistencialistas que em nada refletem o papel social das universidades e do ensino superior.

A junção do ensino acadêmico, dos saberes populares, das experiências sociais e da horizontalidade dos trabalhos de base, pode ser uma alternativa para o ensino superior no próximo período. Um ensino que sirva não apenas para formar mão de obra para o mercado, mas para contribuir com a soberania do país e de seu povo.

Nesse sentido o DCE UFBA – Gestão Primavera nos Dentes – convida todas e todos para participar do I Seminário de Integração com a Comunidade e os Movimentos Sociais, que acontecerá entre os dias 11 e 12 de Maio, no auditório do PAF I em Ondina. Este Seminário terá como tarefa ajudar a fomentar a construção de uma nova universidade, socialmente referenciada, a partir de um debate amplo com o conjunto dos movimentos sociais e das comunidades populares de Salvador.


Venha se juntar a nós nessa construção coletiva!


Veja a Programação:





www.dceufba.ufba.br
www.twitter/@dceufba
dceufba@hotmail.com

Governo vai oferecer 75 mil bolsas de estudo no exterior

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, 26, que o governo federal pretende conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior para estudantes brasileiros. Em pronunciamento na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Dilma disse que a preocupação do governo é melhorar a capacitação dos trabalhadores.

Na cerimônia, ela anunciou o lançamento, nos próximos dias, do Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional. "O governo, dentro de uma grande preocupação, não apenas com a capacitação profissional e o ensino médio profissionalizante, está preocupado em formar estudantes que serão nossos futuros cientistas", disse, acrescentando que o Brasil vai usar o recurso usado por outros países, que é o de enviar estudantes ao exterior.

A ideia, explicou, é lançar, até 2014, 75 mil bolsas de estudo para financiar esses estudantes no exterior, particularmente na área de ciências exatas. "Acredito que o setor privado pode comparecer com uma ajuda que nos permita chegar a 100 mil bolsas em 2014. É o desafio que chamo cada um aqui presente", pediu Dilma.


Fonte: A Tarde

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pesquisa sobre população com diploma universitário deixa o Brasil em último lugar entre 36 países

BRASÍLIA - Para concorrer em pé de igualdade com as potenciais mundiais, o Brasil terá que fazer um grande esforço para aumentar o percentual da população com formação acadêmica superior. Levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais Ernesto Faria, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), coloca o Brasil no último lugar em um grupo de 36 países ao avaliar o percentual de graduados na população de 25 a 64 anos.

A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades (Luiz Cláudio Costa)

Os números se referem a 2008 e indicam que apenas 11% dos brasileiros nessa faixa etária têm diploma universitário. Entre os países da OCDE, a média (28%) é mais do que o dobro da brasileira. O Chile, por exemplo, tem 24%, e a Rússia, 54%. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que já houve uma evolução dessa taxa desde 2008 e destacou que o número anual de formandos triplicou no país na ultima década.

- Como saímos de um patamar muito baixo, a nossa evolução, apesar de ser significativa, ainda está distante da meta que um país como o nosso precisa ter - avalia. Para Costa, esse cenário é fruto de um gargalo que existe entre os ensinos médio e o superior. A inclusão dos jovens na escola cresceu, mas não foi acompanhada pelo aumento de vagas nas universidades, especialmente as públicas.

- Isso acaba com o gargalo se faz com ampliação de vagas e nós começamos a acabar com esse funil que existia - afirmou ele.

Costa lembra que o próximo Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como meta chegar a 33% da população de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior até 2020. Segundo ele, esse patamar está, atualmente, próximo de 17%. Para isso será preciso ampliar os atuais programas de acesso ao ensino superior, como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que aumentou o número de vagas nessas instituições, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece aos alunos de baixa renda bolsas de estudo em instituições de ensino privadas e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que permite ao estudantes financiar as mensalidades do curso e só começar a quitar a dívida depois da formatura.

- O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes. Antes, isso se restringia a poucos. Observamos que as pessoas desejam e sabem que o ensino superior está ao seu alcance por diversos mecanismos - disse o secretário.

O importante é que o ensino superior, hoje, está na agenda do brasileiro, das famílias de todas as classes (Luiz Cláudio Costa)

Os números da OCDE mostram que, na maioria dos países, é entre os jovens de 25 a 34 anos que se verifica os maiores percentuais de pessoas com formação superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, 58% da população nessa faixa etária concluiu pelo menos um curso universitário, enquanto entre os mais velhos, de 55 a 64 anos, esse patamar cai para 12%. No Brasil, quase não há variação entre as diferentes faixas etárias.

O diagnóstico da pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e especialista no tema Elizabeth Balbachevsky é que essa situação é reflexo dos resultados ruins do ensino médio. Menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos está cursando o ensino médio. A maioria ou ainda não saiu do ensino fundamental ou abandonou os estudos.

- Ao contrário desses países emergentes, a população jovem que consegue terminar o ensino médio no Brasil [e que teria condições de avançar para o ensino superior] é muito pequena - disse.

Como 75% das vagas em cursos superiores estão nas instituições privadas, Elizabeth defende que a questão financeira ainda influencia o acesso.

- Na China, as vagas do ensino superior são todas particulares. Na Rússia, uma parte importante das matrículas é paga, mas esses países desenvolveram um esquema sofisticado de financiamento e apoio ao estudante. O modelo de ensinos superior público e gratuito para todos, independentemente das condições da família, é um modelo que tem se mostrado inviável em muitos países - comparou ela.

A defasagem em relação outros países é um indicador de que os programas de inclusão terão que ser ampliados. Segundo Costa, ainda há espaço - e demanda - para esse crescimento. Na última edição do ProUni, por exemplo, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar as 123 mil bolsas ofertadas. Elizabeth sugere que os critérios de renda para participação no programa sejam menos limitadores, para incluir outros segmentos da sociedade.

- Os dados mostram que vamos ter que ser muito mais ágeis, como estamos sendo, fazer esse movimento com muita rapidez porque, infelizmente, nós perdemos quase um século de investimento em educação. A história nos mostra que a Europa e outras nações como os Estados Unidos e, mais recentemente, os países asiáticos avançaram porque apostaram decididamente na educação. O Brasil decidiu isso nos últimos anos e agora trabalha para saldar essa dívida - disse a pesquisadora.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/04/25/pesquisa-sobre-populacao-com-diploma-universitario-deixa-brasil-em-ultimo-lugar-entre-36-paises-924308231.asp#ixzz1Kf5SzpI9

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nota de Repúdio





Nós, estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Campus de Jequié, expressamos veemente repúdio à Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UESB pela publicação do relato obscuro referente à reunião ocorrida no dia 07/04/2011 entre reitoria e representação estudantil de cada curso.

Entendemos que o conteúdo do relato, feito pela ASCOM e publicado no site da UESB, omite os verdadeiros fatos sucedidos na reunião. A narrativa deixa transparecer que nesta reunião, muitas questões foram esclarecidas e que os problemas debatidos já estão sendo solucionados pela reitoria, fato não ocorrido.

Quem esteve presente na reunião observou um grande espetáculo, um Reitor:


* Acuado por perguntas feitas pelos estudantes;
* Sem posicionamento frente ao decreto 12.583/11;
* Pouco convincente sobre a transparência do orçamento da Universidade;
* Sem perspectivas de prazos para conclusões de obras;
* Sem planejamento em relação às novas obras;
* Que não conhece as necessidades e funcionamento dos cursos, como também a estrutura do Campus de Jequié.




Sendo assim, o que está na página da UESB não revela, na íntegra, o desenrolar das discussões, as quais não suscitaram soluções objetivas.



Jequié, 14 de abril de 2011.

Movimento Estudantil UESB, campus de Jequié

terça-feira, 5 de abril de 2011

Jornada de Lutas da Unime


No dia 31 de março de 2011, estudantes da Unime - Lauro de freitas fizeram uma grande manifestação pela regulamentação do ensino privado, pois assim como a maioria das faculdades privadas no Brasil, a Unime vem sendo sucateada, uma vez que se prioriza o lucro em detrimento da qualidade de ensino uma vez que diminuiram a carga horária dos cursos ao mínimo exigido pelo MEC e aumentaram a mensalidade. Outra pauta comum a todos os cursos é a falta de funcionários para atender as demandas administrativas, já que houve um corte dos funcionários com a compra do grupo IUNI pelo grupo Kroton. Além disso existem pautas específicas de cada curso que interessa a comunidade acadêmica, como a instalação do Restaurante Universitário na Unime, onde os alunos e coordenadores do curso de Nutrição elaboraram um projeto para se instalar um RU adequado as condições da faculdade, onde os alunos poderiam estagiar, porém a direção da faculdade priorizou a instalação de um salão de beleza, o que mostra o descaso da Instituição perante o alunado.

A mobilização contou com cerca de 250 alunos que literalmente pararam a instituição, entoando palavras de ordem pelos corredores da faculdade. Em seguida, os alunos pararam o trânsito da Avenida Luiz Tarquínio, para exigir da Instituição melhorias, o que causou uma aderência de mais estudantes ao movimento. Como em todo movimento social, houve uma certa truculência da Polícia Militar, que tentou tomar o microfone do carro de som, mas os dirigentes do Dce conseguiram negociar com a PM e retomamos as atividades.

Vale ressaltar que a Jornada de Lutas da Unime, faz parte do calendário de Jornada de Lutas da União dos Estudantes da Bahia(UEB) e da União Nacional dos Estudantes(UNE), e que nós apoiamos as pautas da UNE, como os 10% do PIB para a educação e os 50% da renda do Pré-Sal para a educação e principalmente a regulamentação do Ensino Superior Privado na Bahia e no Brasil.

ESTUDANTES DA UESB EM LUTA!!






Os estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, no campus de Jequié, estão paralisados a mais de uma semana. Eles fecharam os portões da universide e vêm promovendo uma série de mobilizações que visam chamar a atenção do poder público e da sociedade para a situação vivida pelas universidades estaduais baianas.

Não bastasse as dificuldades que as UEBAS já enfrentavam o governo do estado baixou este ano o Decreto nº 12.583 de 09.02.2011 que limita as contratações de professores e a Portaria Conjunta da SAEB/SEFAZ/SEPLAN nº 001 de 22.02.2011, que tem impacto direto na execução do orçamento do Estado da Bahia para o ano de 2011.

Os estudantes reclamam ainda das péssimas condições pela qual passam o seu campus, que sofre com problemas na estrutura das salas e laboratório, além de obras inacabadas que se arrastam a vários anos e prejudicam o desenvolvimento das atividades acadêmicas.

Fonte: Ousar Ser Diferente

Estudantes da Uesb levam movimento às ruas e a Câmara Municipal!










Estudantes da Uesb fizeram caminhada pelas ruas da cidade e cobraram dos vereadores respostas às suas reivindicações

Alunos do campus de Jequié da Universidade Estadual do Sudoeste-Uesb, com as atividades acadêmicas paralisadas desde sexta-feira (25) , ampliaram o movimento na tarde de quarta-feira (30) pelas ruas da cidade e fizeram concentração na Câmara de Vereadores. Por sugestão do vereador e líder do executivo na Câmara, Joaquim Caires (PMDB) foi aberto espaço na pauta da sessão, para que representantes dos estudantes fizessem uso da Tribuna Livre, para explanerem sobre o movimento.

Os alunos distribuíram um manifesto “Nota de Falecimento – antes que a Uesb morra”, no qual relacionam as principais reivindicações: Anulação do Decreto que proíbe contratação de professores, assistência estudantil, implantação do restaurante e residência universitárias, contrução e melhoria de laboratórios, conclusão das obras inacabadas da Universidade, melhoria da infraestrutura das salas de aula e garantia de acessibilidade dos portadores de deficiência ao campus de Jequié. Na Câmara os alunos afirmaram que “chega de palavras” e cobraram dos vereadores posições afirmativas em relação ao apoio para o campus de Jequié.


Fonte: www.jequiereporter.com.br