quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

9° ENUDS - Encontro Nacional de Diversidade Sexual.

Entre os dias 01 e 05 de Fevereiro de 2012 na Universidade Federal da Bahia acontecerá o 9º ENUDS. O movimento estudantil brasileiro participará desde que será um dos encontros mais mobilizados no debate sobre a diversidade sexual dentro e fora da Universidade.

Segue abaixo o link do Blog p/ maiores informações. Realize sua inscrição e participe!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

MOÇÃO DE APOIO A MEIA-ENTRADA DOS E DAS JOVENS AOS JOGOS DA COPA 2014


Em 2014 os olhos do mundo estarão voltados ao nosso país, o que tem gerado uma série de investimentos nas cidades brasileiras e que nos deixará um legado valioso em relação a infraestrutura destas cidades. No entanto, a copa de 2014 tem vários pontos conflitantes e polêmicos em relação a várias questões sociais.


Um dos pontos que tem gerado muita polêmica e é muito caro a nós do movimento estudantil é o direito a meia-entrada. A FIFA tem alegado que garantir a meia-entrada daria um prejuízo de alguns milhões de reais. Contudo o evento gerará bilhões em lucros aos cofres da FIFA. 
Entretanto para nós os lucros não estão acima dos direitos.
Instituto que ficava a cargo das leis municipais e estaduais, a meia-entrada, passa a estar regulamentada no estatuto da juventude tendo um caráter e sendo uniforme em todo âmbito nacional. Aprovado, o estatuto da juventude aguarda apenas a sanção da Presidenta Dilma para entrar em vigor.


Não podemos deixar que interesses econômicos se sobreponham a leis fomentadas pela luta dos movimentos sociais. A meia-entrada foi uma vitória dos e das estudantes em conjunto a vários outros setores que dialogam com as necessidades das juventudes.


Vamos levantar mais essa bandeira na ABES e tenho certeza que seremos vitoriosos uma vez que as forças progressistas e populares estão do nosso lado a fim de garantir que nenhum direito social seja prejudicado!


Vamos à luta estudantada.


                                                                                                   Salvador, 20 de novembro de 2011


                                                                                         Plenária Final do 5º Congresso da ABES

RESOLUÇÕES DO 5º CONGRESSO DA ABES



                                                                                           Salvador, 19 e 20 de novembro de 2011.

A cidade de Salvador, que já foi palco de grandes lutas do povo baiano e brasileiro, reúne nesse mês de novembro de 2011 centenas de estudantes secundaristas de todas as regiões do estado no 5º Congresso da Associação Baiana Estudantil Secundarista. Em comum, esses jovens possuem a irreverência, a combatividade e a vontade de transformar ainda mais a realidade de nossas cidades, da Bahia e do Brasil.

E olhe que vivemos em um período de intensa crise do capitalismo internacional, com diversos países do mundo em profunda recessão causada pela ganância e a busca desenfreada pelo lucro – e o pior é que ainda tentam transferir a conta dessa crise para a juventude e para os trabalhadores! Mas a juventude não se cala: no Chile, Inglaterra, Grécia, Itália, Espanha, Portugal, estudantes e trabalhadores se unem pra dizer NÃO à retirada de direitos históricos e cortes em setores fundamentais como a educação, dando uma verdadeira aula de resistência.

E na América Latina não é diferente: cai governo atrás de governo conservador, com os povos dessas nações reafirmando cotidianamente a sua opção de trilhar um caminho de independência e preservação de sua soberania. E é nesse time que o Brasil está jogando, buscando estreitar os laços com nossos vizinhos latino-americanos e criando uma relação de cooperação mútua. Justamente por isso, entendemos que o papel brasileiro no Haiti deve fortalecer esses laços de cooperação com a reconstrução desse país irmão e pedimos a retirada das nossas tropas daquele país.

A eleição de Dilma Rousseff à presidência da República demonstrou que o povo brasileiro tem aprimorado o seu grau de consciência política, optando por continuar em um caminho de mudanças iniciadas com a eleição de Lula em 2002. Mas nós não somos acomodados e achamos que, como diz a música de Milton Nascimento, “se muito vale o que foi feito, mais vale o que será”. Comemoramos cada vitória obtida nos últimos anos, mas queremos muito mais, e temos a certeza de que o Brasil, com as suas potencialidades, tem condições de se desenvolver e distribuir renda para seu povo de forma muito mais acelerada.

Mas para isso o governo precisa ser mais ousado, e o movimento estudantil deve pressionar nas ruas a realização de mais mudanças, como na política econômica conservadora que atravanca o desenvolvimento nacional.

Para isso, a ABES deve reafirmar a sua independência, pois somente com ela é que podemos reconhecer os avanços – como o recente anúncio do PRONATEC, um verdadeiro marco na construção de uma política para o ensino técnico, que, entretanto, não substitui a necessidade de priorizar os investimentos na rede pública de ensino – mas também apontar as limitações que precisam ser superadas.

CONSTRUIR UM PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A BAHIA

Em nosso estado, a eleição de Wagner para vem abrindo perspectivas para a construção de uma revolução democrática na Bahia, além disso, a política do cassetete, tão comum em tempos passados, foi substituída por um diálogo mais aprimorado.
Entretanto, o governo Wagner está muito longe de atender as expectativas criadas, especialmente na educação, e o recente corte no orçamento de custeio e de investimento para 2012, através do Decreto 12.583/11, não contribuem para alterar esse quadro. A ausência de um planejamento para a área faz com que a situação das nossas escolas e universidades estejam em uma péssima situação. Ao mesmo tempo, o movimento estudantil e os movimentos sociais precisam entrar mais na disputa desse governo, pressionando-o pela realização de mais mudanças.

Por conta dessa triste realidade, a ABES deve adotar como prioridade para esse próximo período a construção de iniciativas que reflitam sobre a situação da educação em nosso estado, elaborando uma opinião da entidade sobre os passos a serem dados no sentido de mudar a realidade de nossa rede estadual de ensino, com o objetivo de construir uma escola mais atrativa para o estudante, que cumpra com o seu papel no desenvolvimento da Bahia e que ponha em prática o caráter emancipatório da educação.

A nova Escola que queremos deve ter:
 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.
 O petróleo é nosso: por uma Petrobrás 100% Estatal.
 Escolas com quadras cobertas, biblioteca e laboratório de informática de qualidade.
 Ensino Médio inovador já!
 Ensino Médio + Técnico!
 20% da grade curricular flexível aos interesses do estudante, com novos conteúdos: cultura, desportos, integração social, artes, novas tecnologias, etc., além da inclusão de disciplinas como ciência política.
 Escola em tempo integral.
 Participação do Grêmio Estudantil no planejamento escolar.
 Assistência Estudantil para todos os estudantes.
 Compreensão de Escola como espaço de fomento de valores de igualdade, combatendo o machismo, o racismo e a homofobia. A favor da distribuição do kit anti-homofobia na rede pública.
 Realização de um amplo debate sobre a questão das drogas.
 Defesa da imediata aplicação do Piso Nacional dos Professores!
 Construção de bibliotecas em todos os Institutos Federais de Educação.

RELANÇAR A ABES E FORTALECER A REDE DO MOVIMENTO ESTUDANTIL

Oito anos após a sua reconstrução, ocorrida em 2003, já é possível fazer um balanço sobre 
os principais avanços e os desafios que ainda permanecem para serem superados pela Associação Baiana Estudantil Secundarista. Durante esse período, a ABES se consolidou e tornou-se uma importante entidade do movimento social baiano, protagonista de lutas importantes que conquistaram vitórias expressivas.

Nos últimos dois anos, a entidade conseguiu alcançar mais o interior do estado, o que refletiu em uma grande presença em fóruns importantes realizados pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a exemplo do 1º Encontro de Grêmios, do Conselho Nacional de Entidades Gerais, e do Encontro Nacional de Escolas Técnicas da UBES. Além disso, a ABES ainda realizou Jornadas de Lutas e participou ativamente da Revolta do Buzú em Salvador, organizando a Revolta também em Vitória da Conquista.

Essas conquistas são muito importantes, mas hoje podemos concluir que o objetivo de construir uma ABES do tamanho da Bahia ainda não foi cumprido. Aliás, a situação da entidade dos secundaristas baianos está muito aquém das necessidades que a dinâmica do movimento estudantil exige. É necessário, portanto, repensar a entidade.
Por isso, nesse 5º Congresso, propomos o RELANÇAMENTO DA ABES.

Nesse esforço de relançamento, é preciso reforçar a ABES em uma de suas características mais importantes: uma entidade plural, ampla e democrática, que estimule a participação e garanta espaço para as mulheres (promovendo o debate sobre a paridade de gênero nos fóruns de direção da entidade) e os negros. É fundamental fazer com que a entidade fale para um número cada vez maior de estudantes e tenha a capacidade de envolver cada vez mais pessoas na sua construção, e por isso a retomada de seus fóruns, como reuniões da executiva, da diretoria plena e a construção de outros espaços de discussão e deliberação é tão importante.

O extrato mais importante a ser impresso nesse Congresso que, pelo conteúdo de suas Resoluções, entra para a história como um dos mais importantes da entidade, é que valorizamos muito cada vitória alcançada desde a reconstrução da entidade, mas não estamos satisfeitos! Queremos mais! E para construir essa realidade é que convidamos cada estudante e cada corrente de opinião a construir uma unidade em torno desse objetivo. 

Não se trata de esquecer as divergências que são naturais e enriquecem o livre debate de ideias, mas sim de valorizar ainda mais aquilo que nos une!

Salvador, 20 de novembro de 2011.

Plenária Final do 5º Congresso da ABES.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

#OCUPEBRASÍLIA encerra acampamento com pressão e "Pelada" no congresso.

Em dia de votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado pela aprovação do projeto que cria o Estatuto de Juventude (PCL 98/11), os estudantes do #OcupeBrasília começaram a manhã de quarta-feira (14) já com uma grande surpresa: o deputado federal pelo PSB e também ex-jogador de futebol, Romário, visitou o movimento para “bater uma bolinha” com os acampados.
“Apoio completamente o acampamento. É importante o que vocês estão fazendo aqui, e eu vou lutar por isso também. Agora, saibam que esse Estatuto só vai ser aprovado porque vocês estão aqui”, disse enquanto conversava sobre o direito da meia entrada para os estudantes.
Após o “bate bola” rápido com o deputado, os acampados caminharam até o Congresso Nacional para participar da votação do Estatuto, que está sendo relatado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Os estudantes querem a aprovação do texto com um Sistema Nacional de Juventude (SNJ), a meia passagem e a meia entrada para estudantes em todos os eventos culturais, incluindo a Copa de 2014.
Avisados de que os jovens acampados na Esplanada dos Ministérios tentariam entrar na CCJ para acompanhar a leitura do parecer, a segurança na Casa foi reforçada. Ainda no começo da manhã, os agentes legislativos impediram os manifestantes de entrar pelo portão principal, que então se deslocaram para uma das portarias de acesso ao Senado, em área externa. Após pressão dos estudantes, os seguranças agiram com repressão e agrediram os jovens com spray de pimenta.
A pressão continuou e diretores da UNE e da UBES comunicaram imediatamente alguns senadores que participavam da reunião da comissão. Os parlamentares se prontificaram em interferir na ação. “Parece que houve um exagero no zelo da nossa segurança, que usou até spray de pimenta. Faço um apelo à presidência da Casa, peço que autorize os estudantes a participarem dessa reunião”, solicitou o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).
Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou o presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pelo impedimento da entrada dos estudantes. “Os rapazes me telefonaram, eu me dirigi à portaria e o chefe da segurança me informou que o impedimento havia ocorrido por ordem direta do senador Eunício. Não tem sentido nenhum, incidente desnecessário, provocado por uma medida inoportuna, desnecessária da segurança do Senado”, disparou.
Após a intervenção, os manifestantes conseguiram entrar e acompanhar a votação. Mesmo negando ter impedido a entrada dos jovens na reunião, o presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), desculpou-se e permitiu o acompanhamento da leitura do relatório sobre o Estatuto.
Durante a sessão, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) reformulou seu parecer favorável ao projeto de lei da Câmara (PLC 98/11) que institui o Estatuto da Juventude, acolhendo, inclusive, algumas emendas de senadores. Mas, não houve consenso para sua votação na CCJ.
Se não houver entendimento até a próxima quarta-feira (21), quando a proposta volta à pauta de votações, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deverá apresentar voto em separado, recurso utilizado para votar separadamente parte da proposição submetida ao exame dos parlamentares que pediram vista, retirada especificamente para esse fim.
Randolfe formulou o texto para garantir o benefício da meia-entrada aos estudantes e minimizar o prejuízo causado ao setor cultural pela expedição de identidades estudantis fraudulentas e sem controle. A venda de ingressos com desconto de 50% também será limitada à metade da ocupação da casa de espetáculo, no caso de eventos financiados com recursos públicos, e a 40% do total de bilhetes, se for custeado exclusivamente por entidades privadas.
Randolfe, durante a leitura, exaltou a importância de dar continuidade à autonomia das entidades estudantes, no caso da UBES e da UNE. “Essas entidades foram as primeiras a dar cara ao jovem no Brasil. Foram as primeiras a sofrer perseguição e são as primeiras até hoje a sofrer repressão. Temos que garantir autonomia e o direito legítimo de prevalecer essas entidades estudantis como representantes de nossos jovens”, explicou aos senadores.
Com bandeiras, cartazes e palavras de ordem, a presença dos estudantes foi fundamental para mostrar interesse na aprovação imediata. A UNE, a UBES e a ANPG já estão se mobilizando para semana que vem chamar pressionar novamente oo Senado e garantir a votação do Estatuto ainda este ano.
“Infelizmente, tivemos pedidos de vista e a votação foi novamente adiada. Seguiremos pressionando pois sabemos do nosso papel. Temos agora muita luta pela frente”, avaliou Daniel Iliescu, presidente da UNE.
Adiada a votação do Estatuto, os estudantes se reuniram no Plenário 19, sala ao lado da CCJ, para conversar sobre o ocorrido. Aos poucos, ganharam adesão de parlamentares como Randolfe Rodrigues, Inácio Arruda e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que se posicionaram a favor da luta estudantil.
Randolfe, autor do relatório do projeto de lei que cria o Estatuto da Juventude, aplaudiu de pé a pressão dos estudantes e agradeceu o apoio. O senador é ex- militante da UNE da UBES e lembrou a história de lutas das entidades contra ditaduras e nas mobilizações pelas “Diretas Já!” e no “Fora Collor”.
“Nada valeria a pena se a alma de vocês fossem pequenas. E eu sei que não são. Fui da situação e da oposição no movimento estudantil, mas nunca caí no canto da sereia daqueles que quiseram dividir as entidades. Sei do papel importantíssimo da UNE, da UBES e não quero que vocês percam a autonomia. Vocês precisam continuar representando os estudantes”, pontuou.
Já Valadares exaltou o movimento #OcupeBrasília: “O Brasil acompanhou a demonstração de luta que vocês proporcionaram nessa semana acampados aqui em frente ao Congresso Nacional. Estou com vocês, pois precisamos de mais jovens assim, combativos e que exijam direitos”.
 Por fim, Inácio Arruda fez um apelo para todos os jovens estarem semana que vem novamente na CCJ e acompanharem de perto a nova votação. “Antecipando-se a um eventual acirramento dos ânimos na reunião da próxima quarta-feira, alguns senadores sugeriram que a sessão se limitasse à permanência na sala aos líderes estudantis. Bobagem. Todos vocês cumprem um papel importante e exaltam vozes, sejam líderes ou não. Continuem pressionando, venham em peso. Temos que ter uma turma boa, pois esse movimento é fundamental para conquistar vitórias importantes para a sociedade”.
O movimento #OcupeBrasília, que permaneceu firma durante uma semana acampado em frente ao Congresso Nacional, chegou ao fim em grande estilo. Os estudantes, de mãos dadas, formaram um circulo imenso no Salão Azul do Senado para promover uma “pelada”, com bola autografada pelo deputado Romário, em protesto pela demora em aprovar o Estatuto e a regulamentação da meia entrada em todos os eventos culturais. Após a manifestação, os estudantes desceram pelas escadarias ecoando o Hino Nacional, por todo o Senado.

Fonte: Site da UNE.



Manifesto: #OCUPEBRASÍLIA


Onde há uma praça, um gramado ou um monumento, há também um convite. O chamado retumba dentro de todos aqueles que sabem do que querem se ocupar. Ocupam-se em mudar. Onde há gente existem sonhos, onde há jovens há pólen puro e generoso, pronto para multiplicar as flores. A fertilização das mudanças contamina o Cairo e Barcelona, espalha-se de Nova York a Grécia e Santiago, atravessa os mares e os muros, vence a tirania esclarecida ou camuflada por falsos sorrisos e notas de dinheiro. Onde algo velho e corrompido declina, o coração dos bons ensaia a sua insurgência. 
Brasília, 6 dezembro de 2011. Somos muitos e nos juntamos àqueles que, em qualquer parte, procuram a via da coletividade, da participação e protagonismo da juventude como catalisadora do novo. Ocupamos este trecho do Planalto Central em um momento decisivo para as nossas vidas e as dos próximos que virão, com a votação do Plano Nacional de Educação (PNE) e a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude. 
O Brasil pode, nas próximas décadas, dar ao mundo um exemplo único de crescimento econômico, democracia, solidariedade e participação popular. No entanto, isso não será possível em companhia da brutal desigualdade social que ainda persiste ancorada, principalmente, nas más condições da educação pública e na histórica exclusão dos jovens, em especial os pobres. Chegou a hora de inverter prioridades. Basta de gerar conhecimento para ganhar mais dinheiro, a nova ordem deverá ser investir mais dinheiro para ampliar e democratizar o conhecimento de qualidade a todos. 
Ocupamos este trecho da capital federal para impedir o retrocesso injustificável que se desenhará se o PNE não for aprovado ainda este ano. O Brasil precisa de 10% do Produto Interno Bruto aplicados, exclusivamente, na educação pública, escolas e professores do país. Da mesma forma, vamos ocupar a Conferência Nacional de Juventude com ideias e organização política, para garantir os avanços neste setor como a meia-entrada para os estdantes, o meio-passe no transporte público das grandes cidades, políticas públicas de saúde, comunicação, esporte e cultura para esse público, além da consolidação do Estatuto da Juventude e do Sistema Nacional de Juventude. 
Esta é uma ocupação iniciada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG) mas que se abre a todos aqueles, de diferentes cores e idéias, que estão prontos para fazer a diferença. 
Junte-se a nós.
Faça parte deste movimento.
 

União Nacional dos Estudantes
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
Associação Nacional dos Pós-graduandos

Fonte: Site da UNE.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Construindo uma ciranda de lutas na Universidade


                                                                                                                                                                       *Por Yasmin Ferraz


Mais uma vez o movimento estudantil organizado da Universidade Federal da Bahia se mobilizou para mostrar sua pluralidade e capacidade de formulação. As eleições para o DCE foi sempre um espaço privilegiado de debate dos rumos da nossa universidade organizando como o ME pode intervir nesse processo. A vitoria expressiva da CHAPA 1 – Ciranda de Lutas – com mais de 58% dos votos – nos mostra quão bem-sucedido é o projeto democrático e popular que esse amplo campo formado por diversos coletivos (Kizomba, O Estopim, Quilombo, Ousar ser Diferente, Flores de Maio e Reencantar) traz para o conjunto dos estudantes e da universidade. Parabéns às outras chapas, que entraram na disputa, mobilizando suas bases sociais e construindo o debate necessário para que essa vitória fosse do conjunto do Movimento estudantil.

Hoje temos um cenário de uma universidade que consolida seu projeto de expansão, mas sem o debate necessário de que caminhos trilhar e que objetivos essa expansão cumpri. A UFBa hoje tem campi em Barreiras e Vitoria da Conquista, e já sinalizou sua ampliação para Camaçari, mas ainda não temos a integração e o sentimento de unidade entre esses campi geograficamente e socialmente afastados da realidade dos campi Salvador. 

A universidade tem mais trabalhadoras e trabalhadores, mais mulheres, mais negros e negras, indígenas, LGBT, mas a configuração do ensino, pesquisa extensão da UFBa continua a não contemplar essas novas realidades. Temos uma universidade que ainda não se atenta para um plano de permanência que realmente de conta das necessidades do conjunto das/dos estudantes não só para a conclusão do seu curso, mas do conjunto pré entrada, permanência e pós permanência.

O campo que vem dirigindo essas lutas há 4 gestões e os novos atores e atrizes que se aproximam desta composição garantem não só a renovação, mas a transformação de nossas pautas para que se adéqüem à dinâmica realidade universitária. A gestão Primavera nos Dentes apontou diretrizes concretas no sentido de construir a universidade democrática e popular, através de campanhas importantes como a dos 15% do orçamento da UFBa para assistência estudantil, do Orçamento Universitário Participativo, a construção da plebiscito pelo limite da terra, o UFA, o ciclo de debates de mulheres, I Seminário de Integração da Universidade com as Comunidades e movimentos sociais, além de ter sediado e ajudado a construir o Encontro de Mulheres da UNE – EME e o Encontro de Estudantes Negros, Negras e Cotistas da UNE – ENUNE. 

E para além das mobilizações, a construção desta gestão se deu com muita referencia de uma nova cultura política para nosso movimento estudantil, construindo uma entidade mais democrática, inclusiva e participativa, que conseguiu trazer as entidades de base e os estudantes em geral para o dialogo e a edificação de uma gestão que estabeleceu nortes para nossa luta. Desenvolvimento das pautas das mulheres, negros e negras, LGBT, novas reflexões sobre a cultura, meio ambiente, direitos humanos e acessibilidade, assim como as pautas de área foram centrais para uma maior reflexão sobre a função social da universidade e seu poder transformador.

Teremos um próximo período de protagonismo de lutas históricas na nossa universidade. Temos que garantir que a universidade se abra para a integração com a comunidade – em uma relação de cooperação, de construção conjunta e não mais unilateral -, lutar pela descolonização do conhecimento - mas agora com mais força social para pautar o conhecimento que queremos-, desburocratizar os espaços acadêmicos, e principalmente a democratizar todos os espaços. E tudo isso começa com um DCE que constrói essas pautas democraticamente em seu dia-a-dia e que assume uma postura autônoma, combativa e propositiva.

No ultimo período nos deparamos com uma ampla articulação das e dos estudantes entorno das pautas que nos unifica para as mudanças na UFBa que garantiu vitorias para o conjunto da nossa universidade. Foi uma experiência única, que nos possibilitou vislumbrar um futuro de luta e construção de uma alternativa para a organização do movimento estudantil. 

Para levar a frente esse estado de efervescência do movimento, temos que continuar o dialogo entre os diversos setores que compõem e protagonizam a luta dos estudantes e nos unir aos outros tantos movimentos sociais que se responsabilizam pelos rumos da nossa sociedade e pela transformação da universidade construindo um modelo de desenvolvimento que respeite o meio ambiente, as diferenças, que forme cidadãos que enxerguem a diversidade como um valor fundamental de uma sociedade democrática e não um problema a ser combatido, construindo assim uma verdadeira CIRANDA DE LUTAS.

*Yasmin é graduanda do Bacharelado Intedisciplinar em Saúde pela UFBa, militante da Marcha Mundial das Mulheres e Coordenadora Geral do DCE UFBa - Gestão Ciranda de Lutas.

A UEB E A LUTA DO POVO NEGRO


                                                                                                                  Por Laísa Nascimento*




A União dos Estudantes da Bahia, tem se mostrado nesse último período a sua grande representatividade no cenário estudantil, e nos embates políticos que estão sendo travados, principalmente no que tange a população negra. Hoje, temos uma UEB mais negra, mais feminina, que entende o quão é importante trazer o debate racial para o centro das lutas estudantis.  Prova disso, tem sido a a forte presença, na construção do Encontro de Negras, Negros e Cotistas da UNE, participando de forma constante, e mostrando política de fato para a população afrodescendentes. O debate sobre política de ações afirmativas nas universidades, é prova viva de que a UEB, juntamente com a União Nacional do Estudantes (UNE) compreeende que a democratização do acesso as instituições de ensino superior deve ser feita de forma que  possam ser pensadas políticas de permanência para os negros que adentram nas universidades.  É preciso enegrecer a universidade, fazendo com que aqueles e aquelas que sempre foram excluídos desse processo, tenham o direito de entrar na universidade, de forma qualitativa.
 
Considerado como o ano dos afrodescendentes, 2011 chega ao seu fim com questionamentos e propostas a serem feitas para o avanço da população negra no cenário nacional.O mês de Novembro, já conhecido como o mês negro, se torna de suma importância para as discussões sobre os afrodescendentes e os rumos que a sociedade deve seguir no combate ao racismo.
 
Historicamente, os diversos coletivos de negras e negros se debruçam nessa luta que atravessa séculos, buscando emancipação e garantia de direitos dos negros que são excluídos dos mais diversos espaços, desde a escravidão recorrente aos dias de hoje. Porém, vale ressaltar que essa luta perpassa os caminhos já conhecido, e no último período, já se percebe que a discussão de políticas para a população negra  se coloca nos mais diversos espaços e tem ganhado importância a nível mundial. Mesmo assim, é fundamental avançar mais rapidamente. A população negra ainda precisa de muitas políticas de reparação.
 
O ano de 2011 trouxe marcos significativos como o grande evento AFRO XXI. Eventos como estes nos colocam os desafios de temos que lutarmos mais para garantir a emancipação e o pleno direito da população negra na Bahia e no Brasil. Assim, a  União dos Estudantes da Bahia, encara que ainda existem  metas a serem cumpridas e que nós, podemos colaborar por uma sociedade sem racismo, onde  os negros terão espaços na sociedade. Por isso  propomos:
 
- Incorporação nas lutas do Movimento Negro – Ampla articulação com setores negros do movimento social.
- Construção de Encontros Estaduais para negras e negros – Grande evento Estadual de combate ao racismo da UEB
 - Campanha contra o genocídio da juventude negra – Incorporação às lutas contra o extermínio de nossa juventude
- Realização de debates sobre as políticas de ações afirmativas em todos os eventos da UEB.
 
 
 
* Laísa Nascimento é Estudante de Serviço Social - UFBa, militante do coletivo nacional Enegrecer, e Diretora de Mulheres da União dos Estudantes da Bahia.