sábado, 19 de novembro de 2011

Estudantes do Campi de Vitória da Conquista da UFBA declaram Apoio a Chapa 01 - Ciranda de Lutas - nas Eleições do DCE!




Localizado em Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado da Bahia possuindo destaque em desenvolvimento econômico e na saúde, o Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS) iniciou suas atividades no ano de 2006 com o objetivo de consolidar o ensino superior na região do sudoeste da Bahia, sendo uma estratégia de interiorização das Universidades Federais. O IMS contou, inicialmente, com três cursos, sendo eles farmácia, enfermagem e nutrição. Em 2009 são incluídos os cursos de biotecnologia e ciências biológicas no instituto, aumentando, assim, o corpo discente. Já em 2010, com o programa REUNI, é incorporado a esta lista o curso de psicologia.
Os primeiros cursos a serem implantados já iniciaram suas atividades acadêmicas enfrentando graves problemas como a falta de estrutura física para o acontecimento das aulas. No primeiro dia letivo as turmas se depararam com o espaço onde ocorreriam as aulas, ainda em obra, e assim iniciaram-se os primeiros desafios para a construção de um espaço para a formação em saúde. Com este primeiro empecilho, surge também a insatisfação dos egressos, pois a tão sonhada Universidade Federal ainda não existia.
Mesmo que tímido, o movimento estudantil do IMS começa a tomar corpo. Meses depois da data marcada para o início das aulas os estudantes iam às ruas da cidade manifestar seu descontentamento e pedir soluções. Embora, a organização estudantil tenha se iniciado cedo, esta se manteve fria por muito tempo, reacendendo-se há pouco mais de um ano com o estopim e auge das insatisfações por parte dos diversos problemas que ocorriam com todos os cursos como a deficiência de livros, falta de campo de estágios bem como professores, insegurança no Campus, falta restaurante universitário que proporcionasse uma alimentação adequada para suprir as necessidades dos discentes que permanecem por todo o dia na universidade, entre outros.
Hoje, temos cerca de 950 estudantes matriculados e efetivos, e por sermos um campus de cinco anos, ainda temos muitas demandas a serem realizadas no que diz respeito à assistência estudantil. Com a chegada de novos cursos e aumento no número de estudantes, as políticas que garantam a nossa permanência na universidade, ainda são muito escassas.
Temos auxílios moradia, alimentação e transporte, porém não supri nossas reais necessidades, acarretando em dificuldades no processo de formação principalmente para os estudantes com vulnerabilidade social e oriundos de outras cidades. Sabemos dos esforços feitos por parte da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, mas, reforçamos que estes não têm sido suficientes.
Em nosso instituto, temos uma praça de alimentação situada em área reservada aos laboratórios, e nesta encontra-se apenas uma cantina voltada para o fornecimento de lanches e com preços elevados, o que onera o nosso orçamento sem ao menos cumprir a demanda dos estudantes.
Em diversos momentos foi demonstrada a necessidade da implantação do RU no campus de Vitória da Conquista e estamos cientes que já foram iniciados os estudos técnicos para adequação do espaço físico, porém precisamos de soluções emergenciais para implantação do nosso restaurante universitário.
Considerando que boa parte dos estudantes pertence a outras localidades, é também fundamental a residência universitária facilitando, assim, a vida acadêmica em relação a gastos e deslocamentos dos estudantes.
Com a necessidade de lutar pela melhoria da educação superior, principalmente dentro do IMS, e levantar debates importantes dentro da conjuntura social, estudantes das representações dos vários cursos se juntaram com um desejo comum de formar-se politicamente dentro de um panorama da sua própria realidade, e assim, construir e dividir conhecimentos e experiências configurando-se armas importantes para os desafios que serão enfrentados. Dessa forma, surge o primeiro coletivo do instituto denominado “Batucada”, com o intuito de fortalecer o movimento estudantil, tornando-se um espaço para interação, debate e desenvolvimento de estratégias entre cada representação.
Cientes de nosso papel para a construção de uma universidade democrática e popular, que ofereça condições adequadas para o desenvolvimento do indivíduo como profissional e, principalmente, como protagonista para as mudanças sociais inserimo-nos nessa Ciranda de Lutas a fim de tornarmos real este desejo.

Fonte: Coletivo Batucada.

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