terça-feira, 24 de agosto de 2010

Carta Aberta do DCE UFBA aos Estudantes da Universidade Federal da Bahia.





O Diretório Central dos/das Estudantes da UFBA – Gestão Primavera Nos Dentes - vem a partir desta carta aberta se pronunciar a comunidade acadêmica na perspectiva de informar, pautar e apontar direções para os últimos acontecimentos evidenciados no semestre que se inicia: 2010.2.
É de conhecimento de todas e todos que nossa Universidade passa por períodos de transformações, estamos em plena implementação de um projeto de Reestruturação e em conseqüência disso dobramos o número de vagas, cursos e estrutura física assim como as demandas provenientes de qualquer processo de mudança. Temos a certeza que esse período avança em vários sentidos por que põe a universidade pública em vias de dialogo para o caminho da democratização do acesso ao ensino superior que em muitos momentos foi inviável, porém também temos a consciência que qualquer processo de mudança deve ser gerido com responsabilidade e planejamento para que problemas que já agravavam a universidade sejam sanados ao invés de aumentarem a cada semestre.
Falamos isso por que o início de 2010.2 na UFBA está se dando de uma maneira prejudicial para diversos cursos, em sua maioria os cursos novos e noturnos. Evidenciamos um inchaço nas salas de aula e em muitos casos a falta da mesma, assim como a falta de professores para disciplinas fundamentais dos currículos, a incompatibilidade dos horários de funcionamento dos órgãos e estabelecimentos com a realidade de uma universidade que funciona durante o dia e a noite como: SGC, Salvador Card, Xerox, Bibliotecas, entre outros e a eterna necessidade de priorização da assistência estudantil! Essa pauta, por exemplo, que para nós deveria aumentar seus recursos de acordo com o crescimento da UFBA, até agora não saiu das promessas... Temos um Restaurante Universitário que não comporta a demanda dos/das usuários/as em números de refeições, distribuição e muito menos no preço! Por tanto não vamos ficar parados/das esperando de braços cruzados essa situação se resolver.
A UFBA foi pioneira no processo de reforma universitária no Brasil, temos um projeto específico, UFBA NOVA, que vem nesse bojo e que é “um divisor de águas” em nosso ensino, logo uma resposta sobre a eficácia deste projeto para os/as estudantes se torna necessário já que o intuito é fortalecer o ensino, inovando e democratizando. Devemos ter um olhar atento e propositivo para os Bacharelados Interdisciplinares que estão em processo de consolidação e precisamos do comprometimento de todos os cursos e áreas do conhecimento para o andamento dos ciclos básicos, as áreas de concentração e os CPL’s.
Não aceitaremos retrocessos e defenderemos com responsabilidade uma UFBA unificada!
Hoje marcamos um novo momento na Administração Central desta Universidade com a posse de um novo reitorado, e é nesse sentido que chamamos a todas e todos para construirmos uma universidade democrática e popular, sem distinção de setores, responsável com as mudanças e combativa!

VOCÊ ESTUDANTE, COMPAREÇA NO CONSELHO DE ENTIDADES DE BASE: DIA 25/08/10, às 15hs, NA SEDE DO DCE UFBA!

Fonte: www.dce.ufba.br

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CONSELHO DE ENTIDADE DE BASE


DIRETORIO CENTRAL DOS
ESTUDANTES UFBA




CONVOCATÓRIA


Conselho de Entidades de Base

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia convoca os Centros e Diretórios Acadêmicos para o seu Conselho de Entidades de Base, que será realizado no dia 25 de Agosto de 2010, quarta-feira, às 15hrs, na sede do DCE, com a seguinte pauta:

1. Informes;
2. UFBA 2010.2;
3. Conselhos;
4. Calendário DCE UFBA;
6. O que ocorrer.

Reforçamos que a presença de todas e todos é de fundamental importância na construção da nossa entidade.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os 50 milhões de sonhos




Marta Rodrigues Vereadora de Salvador pelo PT.
martarodrigues@cms.ba.gov.br


Um governo pode construir estradas, pontes, hospitais. Mas a melhor obra que pode deixar à população é a capacidade de sonhar. Um país nunca vai se desenvolver plenamente enquanto sua juventude não puder projetar conquistas importantes para sua vida.

Superamos o tempo em que o jovem era visto como problema, mas os conservadores ainda pregam a repressão policial, o toque de recolher, a redução da maioridade penal, o fim das ações afirmativas. Vivemos agora um cenário promissor: as vagas nas universidades federais dobraram (cotas em sua maioria). O ProUni ofertou mais de 700 mil bolsas. As escolas técnicas foram retomadas, só na Bahia foram 42 mil matriculados. Ainda, o ProJovem, as Praças da Juventude, os Pontos de Cultura, os Centros Digitais.

Apesar disso, a juventude precisa de mais. O jovem pobre precisa de igualdade de oportunidades ao que nasceu nas classes média e alta. A perpetuação geracional da pobreza se dá justamente no momento em que o jovem abandonaos estudos para ajudar nas finanças da casa. Adentrando precocemente no mercado de trabalho, ele o faz em postos menos qualificados, influenciando toda sua vida futura. Enquanto isso, os filhos ricos se preparam para assumir cargos mais relevantes.

O Brasil precisa de um grande programa que mantenha os jovens estudando, aumente sua qualificação e retarde a entrada no mercado. Precisamos de um Bolsa-Jovem, na mesma proporção do Bolsa-Família. Não mais um programa de transferência de renda, mas a porta de saída para este tipo de política.

Articulada com melhoria da educação e políticas de primeiro emprego, isto significa construir um novo padrão social, em que o desenvolvimento seja realmente para todos. Um país que pretende ser a 5ª economia do mundo não pode caminhar em outro sentido.

O dia 12 de agosto iniciou o Ano Internacional da Juventude da ONU. Para celebrar e garantir a execução dos objetivos do milênio, temos de investir na geração que representa ¼ da população, para termos jovens vivendo num Brasil inclusivo, autônomo e cheio de sonhos.

Fonte: A Tarde.

domingo, 15 de agosto de 2010

A universidade pública forte

"O nosso sistema universitário público merece fazer parte do debate
eleitoral"


Nestes últimos anos, um dos fenômenos mais dignos de nota foi o
fortalecimento da universidade pública graças a um importante ciclo de
expansão e interiorização do sistema federal. Tal fenômeno merece estar
presente na pauta do debate eleitoral que se inicia.
Em 2002, as universidades públicas federais encontravam- se em situação
terminal. O deficit de professores necessários para simplesmente conservar o
sistema tal como era nos anos noventa chegava a 7.000. Talvez alguns se
lembrem do caso de universidades que precisaram limitar sua atividade
noturna por não ter dinheiro para pagar conta de luz.
No lugar das universidades públicas, vimos uma política que incentivava a
proliferação de universidades privadas, em larga medida, dissociadas do
tripé pesquisa/docê ncia/extensã o e cuja qualidade, até hoje, não passou o
estágio do duvidoso.
É bem provável que esta experiência tenha mostrado que o sistema privado
sai-se muito bem quando é questão de criar centros direcionados à formação
para o mercado (como escolas de administração de empresas, publicidade,
comunicação, economia, entre outros).
Mas, excetuando as universidades confessionais, os resultados são ruins
quando se trata de implementar sistemas universitários complexos capazes de
atrair profissionais dispostos a desenvolver habilidades de professor,
pesquisador e divulgador de conhecimento.
Alguns criticam o processo recente de ampliação e fortalecimento da
universidade pública afirmando que se tratam de universidades caras e de
baixa capacidade de absorção das exigências de empregabilidade. No entanto,
o sistema universitário público brasileiro é, em larga medida, adequado para
os desafios do nosso futuro. Ele garante autonomia de pesquisa ao corpo
docente, flexibilidade relativa de escolha de disciplinas para alunos (o que
permite particularizaçã o da formação), além de abertura para a constituição
de estruturas interdisciplinares.
Não precisamos discutir o modelo universitário público, mas aprofundá-lo,
permitindo que ele democratize seus modos de gestão, de decisão e que enfim
desenvolva todas suas potencialidades e pluralidades.
Por exemplo, vez por outra, aparece alguém afirmando que seria melhor às
universidades públicas terem ligação mais profunda com o mercado, um pouco
como certas universidades norte-americanas, cuja boa parte de suas linhas de
financiamento depende da capacidade em captar recursos da iniciativa
privada.
No entanto, seria interessante perguntar a estas pessoas quem então pagará
pesquisas que visam mostrar a ineficácia de tratamentos do sofrimento
psíquico baseados na medicalização. Certamente, não a indústria
farmacêutica. E quem pagará as pesquisas que mostram a participação do
empresariado nacional na Operação Bandeirantes e no financiamento do aparato
repressivo da ditadura militar? Certamente, não o empresariado nacional. E
quem pagará as pesquisas que visam expor os resultados catastróficos da
liberação das ações do sistema financeiro em relação à tutela do Estado?
Certamente, não os bancos.
Estes são apenas alguns exemplos de limitação do espectro de reflexão da
universidade caso um novo modelo se imponha e caso relações de parceria
entre mercado e universidade se transformem em confissões de dependência.


*VLADIMIR SAFATLE* é professor no departamento de filosofia da USP

Fonte: Folha de São Paulo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Por David Pedreira Machado*






Eu fico abismado quando ouço alguém defender a pena de morte ou a prisão perpétua no Brasil. Em nosso país tupiniquim só é permitido pena de morte em caso de guerra declarada. É certo que vivemos em uma guerra não declarada contra o poder do tráfico, o poder da corrupção, o poder do nepotismo e outros descalabros que acontece no nosso país, mas por outro lado defender a pena de morte é tirar o direito que todo cidadão deve ter, o direito ao perdão, afinal somos seres humanos e sendo assim somos suscetíveis ao erro. Defender a pena de morte é tirar um dos principais direitos do ser humano, o direito a vida, o direito a dignidade de recomeçar.

A maioria da população do Brasil vive a margem da nossa sociedade, portanto são consideradas marginais, sendo assim, a empregada doméstica, o porteiro, o guardador de carro, o frentista do posto de gasolina, a catadora de lixo, o mendigo, enfim todos estes são considerados marginais, apesar de alguns terem empregos, eles,em sua maioria, vivem em lugares com altos índices de pobreza, que muitos vezes não tem sequer saneamento básico, portanto defender a pena de morte é legalizar o grupo de extermínio no Brasil, é impedir o apenado de se ressocializar- se, é “tapar o sol com a peneira”, pois o problema não está no apenado em si e sim nas políticas públicas adotadas para dirimir a criminalidade.

Há alguns políticos que foram eleitos com a falsa premissa de que “bandido bom é bandido morto”, o seu eleitorado, em sua maioria, são as populações de baixa renda, as mesmas que são consideradas marginais. Essa população marginalizada vem sendo “massa de manobra” de grupos políticos que excluem os menos favorecidos e geram um apartheid social no Brasil, um verdadeiro abismo. Portanto ser a favor da pena de morte é concordar com essa política excludente, essa política preconceituosa e até fascista.

Tratar o apenado com o devido respeito e a devida dignidade é dever do Estado, pois a maioria destes só se encontra nessa situação pela ineficácia do próprio Estado que deveria cuidar melhor da sua população, mas não adianta nós só criticarmos as políticas públicas do Estado, é preciso que a sociedade civil se organize para o benefício dos menos favorecidos.

*David Pedreira Machado é estudante de Direito, membro do DCE/Unime, e militante do PT-BA

Décio Bessa assume diretoria da Uneb - Campus X







Mais um diretor de departamento da UNEB tomou posse para o mandato 2010-2012 da instituição.
O professor Décio Bessa da Costa, eleito para administrar o Departamento de Educação (DEDC) do Campus X, em Teixeira de Freitas, foi empossado na manhã desta sexta-feira, dia 23 de julho, na Reitoria do Campus I da universidade, em Salvador.
“Ele pode contar com o apoio da administração central no que precisar para realizar um trabalho compromissado com os interesses da nossa universidade. É preciso promover um diálogo direto com a sociedade para o sucesso dessa gestão”, aconselhou o reitor Lourisvaldo Valentim.
Segundo Décio, o perfil social de seu mandato já está traçado. “Vamos realizar uma gestão mais participativa junto aos colegas e fortalecer a interlocução com a comunidade local e outras instituições de ensino, buscando sempre o compromisso com a sociedade”, ressaltou.
O diretor adiantou que uma das ações prioritárias será a implantação do curso de mestrado em Educação e Desenvolvimento Social no Campus X. O curso stricto sensu está sob apreciação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC).
Além de Valentim e do novo diretor, participaram da cerimônia de posse professores e membros do grupo gestor da UNEB.
No último dia 17 de julho, os outros 27 diretores de departamento da universidade, eleitos ou reeleitos, tomaram posse para o mandato 2010-2012, durante uma solenidade no Teatro da Instituição, no Campus I.
Completando a lista dos 29 diretores da UNEB, apenas Ariosvaldo Novais Santiago, titular do DEDC do Campus XIII, em Itaberaba, ainda não tomou posse para o exercício do novo mandato. A cerimônia está prevista para o dia 15 de agosto.

Fonte: Uneb.gov.br

Foto: Sulbahianews

O Fantástico é de fato “fantástico”!





Desde que comecei a estudar as mídias brasileiras e até mesmo antes, quando apenas assistia, tento me convencer do serviço que estas prestam aos telespectadores. Assistindo ao programa da Rede Globo: Fantástico, tenho a nítida constatação de que grande parte da nossa mídia presta um desserviço à informação social brasileira.
A última deste programa de entretenimento foi a “grande reportagem”, como seus apresentadores chamaram no dia 01/08/10, que falava sobre o tema: Aborto. Este tema, ainda tabu em nossa sociedade quase nunca é suscitado nas mídias tradicionais – a não ser quando alguma clínica de aborto é descoberta – e no caso desta reportagem não foi diferente. A cobertura começa se baseando em estatísticas de quantidades de abortos feitas no país (alarmantes), e em todo o seu percurso foca nas denúncias de clínicas clandestinas de aborto, num tom de criminalização do ato e das mulheres. Nenhuma estatística de mulheres que morrem, nenhuma provocação a legislação que pune as que abortam e aos que oferecem o aborto, nenhum perfil das mulheres que procuram a interrupção da gestação, assim como nenhuma reivindicação de direitos. Nada. Apenas o denuncismo por si mesmo.
Sobre o perfil das mulheres que abortam no Brasil é obvio, em suas maiorias negras e das classes populares. Outra constatação é que o aborto é um caso de saúde pública, logo, dever do estado, que deveria assegurar a saúde de milhares de mulheres que recorrem ao aborto inseguro e que em grande parte dos casos morre ou nas filas dos hospitais, por falta de atendimento, ou em casa sozinhas e culpadas por crimes que não cometeram. Pelo menos do ponto de vista da autonomia da vida e do corpo das mulheres.
Com esses dados em mãos à equação se torna simples, o aborto é um direito que deve ser garantido às mulheres pelo fato de milhares delas morrerem todos os dias. Porém não é isso que a TV brasileira, nem os setores conservadores da sociedade e do estado fomentam. Ao contrário estes mesmos setores utilizam cerca de 20 á 30 minutos para referendar o que nós do movimento de mulheres combatemos, o preconceito, a camuflagem das informações e a invisibilidade das nossas reivindicações.
Tivemos no último período o caso do PNDH III, que passou longe de aprovar a legalização do aborto e reconhecer a pratica como questão pública. Hoje temos um período propício para levantar ainda mais este debate. Estamos no período eleitoral e o que vamos fazer?
Iremos às ruas levantar nossas bandeiras por autonomia dos nossos corpos e das nossas vidas, assim como pretendemos responsabilizar aos que do nosso voto precisam para se eleger, por que ser a favor da VIDA é ser a favor das mulheres, pela descriminalização e legalização do aborto!
E para a mídia fica minha lástima, mas também a minha sede de combater os “Tubarões da Informação”, que monopolizam o setor da comunicação e reafirmam o machismo, o racismo, dentre outros preconceitos.
AS MULHERES NÃO SÃO BOBAS, ABAIXO A REDE GLOBO!

Tâmara Terso.
Militante da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto - BA
Marcha Mundial das Mulheres
Coordenadora - Geral DCE UFBA.