terça-feira, 28 de abril de 2009

Revolução CUBANA - 50 anos*

Terça-feira, 28 de Abril de 2009

Depois de tanto estudar sobre o assunto da Ilha governada tantos e tantos anos por Fidel Castro e agora por seu irmão de sangue e de revolução – Raul Castro, sempre ficou uma dúvida de como um país socialista viveu e ainda vive sob o julgo do chamado (pelos livros de história) “totalitarismo”.


O conceito de Socialismo antecede aos estudos de Marx. Só que ele não só ressignificou este conceito como soube deixar um legado de seus estudos e propósitos ao longo dos séculos. O Socialismo Científico foi desenvolvido no século XIX por Karl Marx e Friedrich Engels. Recebe também, por motivos óbvios, a denominação de Socialismo Marxista. Ele rompe com o Socialismo Utópico por apresentar uma análise crítica da realidade política e econômica, da evolução da história, das sociedades e do capitalismo. Marx e Engels enaltecem o utópico pelo seu pioneirismo, porém defendem uma ação mais prática e direta contra o capitalismo através da organização da revolucionária classe proletária. Para a formulação de suas teorias Marx sofreu influência de Hegel e dos socialistas utópicos.


Em Cuba aconteceu de fato a revolução socialista. O país vivia num embriaguez educacional e sob o regime da ditadura militar de Fulgêncio Batista, que era dirigido politicamente por meio dos Norte Americanos que além de dar a linha política, exploravam de todas as formas a Ilha cubana.


“Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos, Raul Castro e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens (e algumas mulheres) se espalharam em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.

Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado.

A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, onde um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista.

Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista.

Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.

Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.” ( acedido em 28/04/09 no site: http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-cubana.htm)


Acreditamos viver hoje no Brasil, e em vários países cujo regime é embasado na democracia, uma sociedade democrática em que há alternância de poder pelas diversas faces políticas. O que a gente não consegue compreender, é que só isso não basta. Será que realmente existe liberdade? Democracia = o poder na mão do povo? Ou será que ainda acreditamos em contos de fadas? Tudo isso faz parte de uma reflexão que pode levar a um senso crítico que sai do campo da fantasia e chega à realidade real.


O que adianta ter “poder” de voto se na verdade estamos fadados a vencibilidade perpétua daqueles que fazem conchavos políticos ou tem mais poder aquisitivo para ganhar tal eleição e quando não é pelo poder aquisitivo é pela vontade da burguesia de perpetuar as suas políticas sanguessugas contra o proletariado do mundo todo.

Muito se falava de Cuba desde a minha época da escola. Um exemplo disso é que em Cuba não há liberdade de expressão, não há imprensa livre, e que a irmã de Fidel não aguentou a pressão e foi embora para os EUA, blá, blá, blá.

Tudo isso está preso em um mito que tenta combater por meio dessas mentiras a força política e a saída para uma sociedade mais justa e mais igualitária que é o socialismo, sendo ele por meio democrático ou da revolução.

O que a nossa geração vê hoje, sem perceber a grande vitória ideológica que houve em Cuba, é acreditar em tudo o que se vê na TV (burguesa) ou o que se lê em revistas reacionárias como a Veja que com seu discurso persuasivo consegue iludir e até cegar aqueles e aquelas que infelizmente lêem suas páginas. Sendo essa imprensa e essa mídia arraigadas a um sistema capitalista e neoliberal, por isso, nunca irão defender ou mesmo expor de maneira sóbria uma revolução educacional, política ou agrária e sim eternizar a idéia que é preciso remediar paliativamente as injustiças sociais.


Depois de assistir o filme Che - O argentino e Che – A guerrilha, percebo que a importância da revolução armada foi possível pela união das diversas frentes de esquerda, oposição à ditadura de Batista e libertação por uma Cuba verdadeiramente socialista. Mas isso só foi possível por conta da colaboração do próprio povo cubano. O legado da revolução é bem maior do que podemos supor nos dias tão conflitante como os de hoje.

Fica aqui o convite à reflexão do mundo queremos hoje. Em qual sociedade queremos viver? Qual a nossa contribuição para uma sociedade justa?


Viva a Revolução!

Viva a CUBA

Viva aos Castro

Viva a Ernesto Che Guevara

Viva a Camilo Cienfuegos

Viva ao Socialismo!

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* Por Thaís Barreto Viana.

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