Na manhã de hoje, 27/08, aconteceu a primeira etapa do Ciclo de debates Itinerantes: Mulheres em movimento mudam a universidade, realizado pela diretoria de Gênero do DCE/ UFBA.
Em sua primeira edição, o ciclo de debates teve como tema: Desigualdade de Gênero e Crise Econômica: As mulheres são mais atingidas pela Crise?. Debatendo o papel das mulheres na conjuntura atual de crise econômica vivida no mundo em diversas óticas, tanto do trabalho, quanto da visão social.
Fazendo parte da mesa estavam a SETRE (Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia), o Sind Domesticas, a Diretoria de Combate ao Racismo do DCE da UFBA e uma Prof° (a) da FCE. A SETRE, representada por Milton Filho, apresentou para a plenária a Agenda do Trabalho Decente, um projeto da secretaria que visa orientar as relações de trabalho no estado em busca da garantia do trabalho digno para as/ os trabalhadoras. “... a agenda do trabalho descente tem 8 áreas de atuação fundamentas para a garantia de condições de trabalho justo e igualitário, são elas: Erradicação do Trabalho escravo, Erradicação do Trabalho Infantil, Segurança e Saúde do Trabalhador, Promoção da Igualdade, Serviço Público, Juventude, Trabalho Doméstico e Biocombustíveis. Sendo a questão de gênero e especificamente das mulheres, um debate transversal nestas áreas, o debate do movimento de mulheres no âmbito trabalhista se faz extremamente necessário.”, afirma Milton.
Integrante do Sinddoméstica, Creuza Maria contou a experiência de ser mulher e trabalhadora doméstica numa sociedade capitalista e ainda patriarcal. Creuza exemplificou como as relações de dominação afetam as mulheres no espaço trabalhista e como a precarização do trabalho doméstico ainda é latente e deve ser combativa “trabalho doméstico também gera lucro, e a maioria da população ainda não está ciente disso”.
Por último, Leila Ferreira, Diretora de Combate ao Racismo do DCE/ UFBA, norteou o debate em torno da crise econômica e das mulheres, afirmando que neste período as mulheres, assim como os seguimentos de minoria política, são os mais atingidos, porque antes mesmo do períodos de crise eles já sofrem com a descriminação e o veto aos espaços públicos e ao trabalho digno. Ela pontua “os primeiros a serem cortados no período de crise, são os que nos outros períodos já não são preteridos na vida trabalhista e nos espaços de poder”.
Além dos integrantes da mesa estavam presentes o DA de Economia, Ciências Contábeis, Serviço Social, Comunicação e os Mestrandos de História Econômica. Organizando o evento estavam à frete, Tâmara Terso, Diretora de Gênero do DCE/ UFBA e o DA de Economia.
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