* Rainer Wendell
Na tarde de 21.05.2010 saiu o "resultado final" da Eleição para reitoria da UESB. Como era visto nos corredores e salas de aula, as urnas confirmaram que a chapa 2, encabeçada pela Profª. Ana Angélica e o Prof. Luiz Otávio, tem entre os demais candidatos o maior apoio da comunidade acadêmica, com destaque para a participação do segmento de estudantes e docentes.
Ao lado desta chapa estão estudantes e docentes que se dedicam a construir esta universidade todos os dias nos mais diversos espaços: movimento estudantil e sindical, projetos de pesquisa e extensão, espaços colegiados de decisão, ou seja, das mais diversas formas que se pode e se deve defender e construir a universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
Do outro lado tivemos a demonstração da falência do atual grupo gestor, visto a reprovação que a ampla maioria da comunidade acadêmica apresentou a sua política. A universidade mostrou discordar da gestão antidemocrática, centralizada e privatista que este grupo busca implementar no interior da UESB.
Ficou claro também o repudio aos métodos e mecanismos utilizados pela chapa da situação neste pleito, a exemplo do aparelhamento da estrutura administrativa da nossa UESB, uma evidente ação que desequilibrou a disputa e teve como conseqüência uma suposta aprovação da comunidade interna para que o atual grupo continue a conduzir os destinos da universidade.
Este foi um processo caracterizado pela ousadia de militantes que acreditam numa outra universidade, mas foi também marcado pela opressão política, patrulhamento ideológico e pelo ataque ao principio da eqüidade de condições entre os concorrentes em uma disputa que se diz e se espera democrática.
É por isto, e por todas as situações as quais podemos passar aqui horas e horas a discorrer, que não reconheço este "resultado final" alardeado aos quatro cantos da Bahia pela imprensa simplista.
Este não reconhecimento, ao contrário do que possa parecer, não se trata de uma última atitude de desespero, uma vez que a própria Comissão Eleitoral não ratifica em sua Proclamação a vitória de A, B ou C.
A verdade é que não podemos nos deixar se iludir e muito menos se abater ao ver o nosso projeto de universidade, construído à custa de sangue e suor, tentar ser surrupiado pela vergonhosa ação daqueles que não tem a mínima legitimidade para representar a nossa universidade.
É um deve nosso não permitir que os próximos quatro anos da nossa universidade – e chamo a atenção para isto: quatro anos - sejam definidos a partir das mais rasteiras e conservadoras artimanhas, só comparáveis aos tempos do coronelismo e seu voto de cabestro, ou seja, não podemos permitir que esta eleição seja definida pela participação LIVRE NOMEADOS.
Vamos a luta! Você que também concorda com este grito de protesto levante esta bandeira e multiplique esta idéia: Para viver a universidade. Ana Angélica Reitora de Verdade!!!
*Pós-Graduando Latu Sensu em Língua Portuguesa – UESB / Ex- Coordenador Geral do Centro Acadêmico de Letras e do Diretório Central dos Estudantes da UESB
Nenhum comentário:
Postar um comentário