sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Diretoria de Gênero do DCE da UFBA comparece no Lançamento da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto - Bahia.


Nesta ultima Segunda-feira, dia 28/08, a Diretoria de Gênero do DCE da UFBA participou do lançamento da Frente Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto – Bahia, que contou com a presença de diversos seguimentos dos movimentos sociais e parlamentares do âmbito Municipal e Estadual. O lançamento aconteceu no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador e culminou também com a data do Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe, referenciando assim a luta das mulheres de variadas etnias, sobretudo a mulher negra, parcela mais atingida pelo aborto inseguro em nosso estado.

A diretoria de Gênero da UFBA participou tanto da adesão à frente, quanto na organização e no lançamento, protagonizando assim uma luta histórica do movimento de mulheres da Bahia. A diretora, Tâmara Terso, que estava na mesa de abertura representando o movimento estudantil enfatizou “... também é a partir da educação que formamos novos meios de enfrentar as discriminações e construir uma sociedade mais justa e igualitária. O movimento estudantil tem o papel estratégico de levantar esses debates nas escolas e universidades a fim de construir novas alternativas no enfretamento e na superação do machismo, do racismo e da homofobia...” .

Dados denuciam “... só em 2007, forma realizados em Salvador 8.387 curetagens, isso significa quase 699 por mês, 23 por dia e 1 à cada hora...”. Esses dados, recolhidos por estudos do IMAS - Instituto Mulher pela atenção integral à Saúde, Direitos Reprodutivos e Direitos Sexuais - evidenciando que o aborto inseguro no estado da Bahia faz mais vítimas do que o maioria dos estados brasileiros, contudo ainda temos uma lei datada a década passada, 1940, que criminalizam as mulheres que fazem o aborto e que não caracteriza este procedimento como de saúde pública, logo de responsabilidade do estado.

À frente após seu lançamento agora tem o papel de ajudar a nortear o debate, tanto na sociedade, quanto no parlamento, a fim de criar mecanismos de mudança da lei, para que o aborto seja descriminalizado e passe a ser garantido às mulheres na rede pública de saúde. A desigualdade de gênero é um dos pilares estruturante da sociedade e atacar essa estrutura é visionar uma nova forma de ordem social que respeite as diferenças.


Fonte: Ousar ser Diferente.

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