Estudantes dos três campus da UESB estiveram presentes e engrossaram a mobilização com uma opinião unificada, apesar de muitas ponderações. Na opinião do DCE de Conquista e Jequié o SISU naquele momento não poderia ser aprovado porque a discussão sobre o tema não tinha sido ampliada para toda a universidade, portanto o pedido era de mais debate para aprovação consciente.
Outro tema que também envolvia a aprovação do SISU era a verba que viria junto com o sistema, destinada especificamente para o fortalecimento das políticas de permanência dos/as estudantes. Cerca de R$ 1.950.000,00 seria investido no PNAEST – Programa Nacional de Assistência Estudantil para Instituições de Educação Superior Pública Estadual. Na opinião da reitoria e da maioria dos colegiados e departamentos presentes a verba que a UESB teria a partir do SISU tiraria a universidade do “vermelho”, já prevendo que essa verba poderia ser alocada para outros setores, o que do ponto de vista dos/as estudantes é completamente errada sendo esta verba apenas destinada à permanência estudantil.
No fim do CONSEPE a proposta de adesão ao SISU foi aprovada por ampla maioria, estipulando um percentual de 50% do ingresso pelo sistema já em 2012.2. Após a aprovação os estudantes reivindicaram a criação de um Orçamento Universitário Participativo para gerir a verba do SISU e evitar que o dinheiro seja gasto em outras áreas menos prioritárias.
Na opinião do Ousar o SISU avança no sentido de ser uma janela para a construção de novos métodos de avaliação e para o tão sonhado fim do vestibular. Um outro avanço é a estrutura da prova que com o ENEM se torna mais democrática e de fácil acesso aos estudantes oriundos de escolas públicas e de baixa renda. Não perdemos de vista as falhas apresentadas nos últimos anos pelo ENEM, porém achamos hoje ser essa à única alternativa aos vestibulares tradicionais e excludentes.
Um outro olhar sobre o SISU é sobre a disputa da concepção de Educação e Universidade. Com a democratização do acesso entendemos ser fundamental a reestruturação dos currículos, a criação de linhas de pesquisa e extensão críticas e comprometidas com a sociedade, comunidades e movimentos sociais. Combater uma educação colonizada é tarefa de uma expansão e reestruturação de qualidade e o movimento estudantil precisa urgentemente se apropriar desta pauta.
Outras Agendas...
Ainda na sexta o coletivo Ousar ser Diferente se reuniu com militantes da UESB, UESC e UFBA/ Conquista para fechar a data do 1° Encontro Estadual do Ousar Ser Diferente e traçar estratégias para o Fórum de Discentes das Universidades Estaduais que se iniciava aquela noite na UESB. O encontro foi fechado nos dias 01 e 02 de Outubro em Salvador e terá como tema a organização do coletivo estadual frente aos desafios da nova conjuntura das universidades federais e estaduais. Temas como o financiamento público da educação, política de extensão e disputa do conteúdo educacional estão na programação, assim como nossa organização na atual gestão da UNE e da UEB.
Fonte: Ousar ser Diferente.
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